Duas boas formas de evitar SPAM

Em um mundo onde até nossas avós já estão usando a internet para tornar o mundo melhor e se divertir, um dos maiores males – e dos mais irritantes – sempre foi o maldito do SPAM no e-mail. Não adianta; tentamos, tentamos e tentamos, mas não tem como fugir para sempre. Lembro de quando criei meu GMail e a caixa de SPAM dizia “Oba! Não tem spam aqui.” Não durou nem uma semana.

Para cada cadastro que você faz em sistemas de comentários, sites de redes sociais, empresas, newsletters e todo o mundo de informação que existe na internet, alguns desses lugares provavelmente vão receber uma proposta muito boa de vender os e-mails para outras empresas. É interessante para eles, porque tudo isso fica gravado e vale uma nota para empresas online de publicidade.

emaillist

Então, o que fazer?

A primeira solução, das mais óbvias, é ter duas contas de e-mail. Não, calma, você não vai ter que supervisionar as duas. Quando você precisar enviar seu e-mail para colegas de trabalho, currículos para parar de procrastinar, colegas de faculdade etc., você pode usar o seu e-mail pessoal. Ele fica bem restrito para quem você conhece, e por vias confiáveis. É só seu. O outro e-mail você cria com outro nome de usuário em outro sistema. No meu caso, por exemplo, criei um @live.com para meus cadastros e tenho o @gmail.com para conversas pessoais. Não adiantou tanto assim porque só tive a ideia depois, mas por sorte o GMail já é, por si só, bem capaz de filtrar a maioria dos e-mails indesejados.

Também pelo GMail, é possível criar duas contas no serviço e delegar uma à outra. Isso significa que, ao clicar na sua foto de perfil, você pode passear entre uma caixa de entrada e outra com facilidade. Há várias explicações de como fazer isso pela internet.

gmail_delegate.7

Beleza, então vamos supor que você também já cadastrou seu e-mail em metade da internet e que agora não tem mais jeito, como o que aconteceu comigo. A segunda grande dica para evitar mais SPAM no futuro é puramente preventiva. Ela usa o sistema de pseudônimos no seu e-mail, algo que eu não sabia que existia até uma semana atrás. Basicamente, se você se cadastrar em um site, vamos supor, de um banco, na hora de colocar seu e-mail pode usar “meu.usuário+bancofeliz@gmail.com”. Todos os e-mails que você receber do banco em questão chegarão normalmente, mas o seu pseudônimo, depois do “+”, estará indicado.

Como usar o pseudônimo ajuda, então? Bom, pode ser que seus cadastros não sejam só desse banco, ou que o banco acabe vendendo seu e-mail pra empresas publicitárias. O que vai acontecer é que todos os SPAMs que você receber provenientes dessa venda serão identificados pelo seu pseudônimo. Sendo assim, se você se cadastrou em uma loja de brinquedos com o e-mail “meu.usuário+brinquedosfelizes@gmail.com” e eles aproveitaram para vender, ao receber um e-mail oferecendo um iPhone de presente se responder a algumas pesquisas, você vai ver o “+brinquedosfelizes” no destinatário. Com isso, você pode reclamar na fonte e também separar todos os e-mails com o pseudônimo automaticamente (você vai entender como mais abaixo).

Existem limitações, é claro: até onde eu sei, o esquema dos pseudônimos dessa forma só funciona no GMail (veja a possibilidade de fazer algo parecido no Hotmail no fim do post). Como outros provedores de e-mail têm estado bem avançados, como o da Microsoft, não duvido que o serviço esteja disponível na concorrência. Vale pesquisar para saber. Além disso, muitas dessas empresas espertinhas já entenderam o esquema do +pseudônimo, então começaram a excluir isso para se esconder. Mesmo assim, a ideia continua tendo uma certa eficiência.

Aumente seu Penis

Sugestão bônus: se você, como eu, se irrita mais com o número de e-mails não lidos na caixa de SPAM do que com o próprio SPAM que recebe, já criaram uma solução. Uso há bastante tempo e isso me salvou de muito estresse causado pelo TOC de nunca querer ter os numerozinhos entre parêntesis – vai dizer que não te irrita ficar vendo aquele “SPAM (6929)”? – Isso também serve para filtrar pseudônimos vendidos.

No GMail, é só fazer assim:

  1. Vá às suas configurações (no tema mais recente, é uma engrenagem que fica à direita, logo abaixo da sua foto de perfil;
  2. Clique em Filtros (Filters, em inglês);
  3. Clique em Criar novo filtro (Create new filter). O GMail vai abrir o campo de busca;
  4. Em Tem as palavras (Has the words), escreva in:spam (ou o pseudônimo que você quer bloquear: +exemplo). Uma nova opção vai surgir no final, Criar filtro com esta pesquisa (Create filter with this search). Clique nela;
  5. Um aviso vai te advertir que isso não é recomendado, pois esses e-mails nunca vão aparecer como os não-lidos. Ótimo, é isso que você quer. Dê OK;
  6. Aqui, você pode escolher duas coisas diferentes. Se você deixar selecionado o Marcar como lido (Mark as read), todos os e-mails que chegarem na pasta de SPAM serão marcados dessa forma e não vão te incomodar. Se você marcar Apagar (Delete it), eles serão automaticamente apagados da sua caixa. Eu preferi a primeira opção, porque de vez em quando é bom dar uma olhada para ver se nada de importante foi direto para a caixa de SPAM. Depois de fazer sua escolha, clique em Criar filtro (Create filter).
  7. Se você está filtrando um pseudônimo que você usou para se cadastrar em algum site (ou grupo de sites), sua única opção é marcar o Apagar (Delete it). Se você usar o Marcar como lido (Mark as read), ele não contará no número de novos e-mails, mas continuará na sua caixa de entrada.

Pronto! Agora sua caixa de SPAM nunca mais vai dar dor de cabeça. É uma bobagem, mas sei que existem muitas pessoas como eu que não aguentam aqueles números aumentando sem serem atendidos. Gosto de manter minha caixa de entrada sempre limpa, e a sensação de coisas-a-resolver me irrita bastante.

Atualização: o Hotmail (Outlook, live.com) oferece o sistema de pseudônimos de uma forma diferente. Ele permite que você crie múltiplos endereços para uma única caixa de entrada, o que te permite deixar tipos diferentes de e-mails (trabalho, estudos, compras online) em locais separados, podendo assim eliminar o indesejável. Não sei como fazer isso porque não utilizo muito o serviço, mas vale tentar.

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Espero que tenham gostado das dicas, e se tiverem mais técnicas para se livrar/proteger/evitar SPAM, deixem nos comentários!

Por que não colocar câmeras nos nossos policiais?

Grande parte das reclamações de muitos brasileiros nesses últimos meses, e em especial após as manifestações de Junho de 2013, foram quanto à truculência, corrupção, abuso de poder e crimes praticados por policiais civis e militares (esses últimos em especial). Enquanto o governo finge olhar para cima quando pedimos mais segurança e para o lado quando pedem o fim dessa classe policial, talvez haja outra solução capaz de resolver muitos dos problemas de abusos de poder e ineficiência dos oficiais: câmeras.

A ideia começou na cidade de Rialto, Califórnia. Um grupo de pesquisadores da força policial resolveu começar um estudo colocando câmeras minúsculas no equipamento de metade da força policial da cidade, que tem 100.000 habitantes, por um ano e meio. Os policiais deveriam começar a gravar a partir do momento em que saíam da viatura para qualquer coisa, sendo que a câmera possuia um buffer que mantinha gravados os 30 segundos anteriores ao início da gravação e 30 segundos posteriores ao fim da mesma. Qualquer quebra de protocolo era percebida por quem avaliava os vídeos.

RialtoCamera
Foto: Joshua Lott, The New York Times

Depois dos dois anos de experiências, a cidade de Rialto viu uma queda de 88% da reclamação de cidadãos contra os oficiais, comparados a quedas de um máximo de 24% no ano anterior à pesquisa. Além disso, a força policial da cidade usou de intervenção física 60% menos, em 25 ocasiões contra 61 do ano sem câmeras. Não bastando essa diminuição extremamente positiva, o estudo também esclareceu que a maioria desses excessos foram feitos por oficiais que não usavam câmeras, mostrando o potencial enorme das mesmas de promover a autovigilância.

Obviamente, estes números e o que sabemos do experimento em Rialto não dizem tudo, e ainda há muito a ser discutido. O que os policiais podem achar ruim quanto à tecnologia? Bom, alguns oficiais da cidade californiana não gostaram da ideia, mas não tinham como dizer não. Como a obrigação de nossos policiais é serem sempre transparentes na manutenção da lei e da ordem, a opinião deles também não importa. Se virar lei, é lei e pronto.

Joshua Lott, The New York Times
Foto: Joshua Lott, The New York Times

Mas e quem pode ver esses vídeos? A privacidade dos cidadãos que podem se encontrar nesses vídeos, seus nomes, rostos e endereços tornam difícil aceitar a possibilidade da vigilância ser comunitária. Se essa questão não se apresentasse, bastaria criar um site na internet com os vídeos para que as próprias pessoas reportassem condutas impróprias. Sendo assim, fica muito difícil e custoso vigiar policiais de uma cidade tão grande como, por exemplo, São Paulo. Seriam milhares de câmeras ligadas em um dado momento.

Ainda assim, a proposta é promissora. Em cidades menores, com 10.000 a 100.000 habitantes, esse tipo de lei poderia passar facilmente e com custo baixo, causando um efeito muito positivo na atuação de nossos policiais; eles saberiam que estão sendo vigiados o tempo todo, e portanto não poderiam abusar dos descansos, ignorar chamados, agredir moradores da periferia sem necessidade, cobrar propina ou incriminar inocentes. É claro, tudo isso exigiria um trabalho bem arquitetado e honesto no cuidado da vigilância e punições adequadas dentro da polícia.

Policiais militares do Rio de Janeiro já usaram as câmeras em manifestação de professores. Que tal ampliar a abrangência e a fiscalização? (Fonte: Extra)
Policiais militares do Rio de Janeiro já usaram as câmeras em manifestação de professores.
Que tal ampliar a abrangência e a fiscalização? (Fonte: Extra)

Em cidades grandes, mesmo que nem todos os oficiais pudessem ser assistidos a todo momento, o sistema seria, ainda assim, positivo para a operação policial da cidade. A simples possibilidade de estarem sendo vigiados já os faria pensar duas vezes antes de cometer excessos, erros ou abusos, já que nunca saberiam se são eles no olho do Big Brother. Um bom exemplo de como esse receio funciona está na política de pirataria americana. Milhões de cidadãos baixam músicas, filmes, séries e livros no país todos os dias, mas só dezenas deles são rastreados e punidos todo ano. Por haver essa possibilidade de “ganhar” na loteria, outros milhões de americanos decidiram abandonar a prática.

Outro grande exemplo da  eficiência das câmeras de vigilância individuais é bem provada na Rússia. Com certeza você já deve ter visto um daqueles vídeos de pessoas entrando na frente de carros e fingindo atropelamento simplesmente para poder entrar com um processo lucrativo. Como ninguém é bobo, a maioria dos russos tratou de arrumar uma câmera para poder provar que não fez nada de errado.

Sejamos, portanto, realistas: dada a corrupção dos altos poderes dentro da PM e do nosso governo, fica muito difícil acabar com a instituição, e isso também não evitaria que a polícia continuasse fazendo coisas erradas. Então por que não aproveitar da internet e da facilidade de gravação de nossos tempos modernos para podermos avaliar seus trabalhos com mais eficiência? Sairia muito mais barato e salvaria vidas. Só precisa ser bem feito.

O que você acha da ideia? Contribua nos comentários.

PillCam: o fim da colonoscopia?

PillCam foi feita para, como a publicação AP diz, “pacientes que tiveram problemas com o desconfortável processo da colonoscopia,” que, eu imagino, sejam todas as pessoas que já viveram. A câmera do tamanho de uma pílula comum não entra pela sua porta de trás, mas pela boca, e depois de engolida começa a enviar fotos do seu interior em alta velocidade para um dispositivo que fica na cintura enquanto passa pelo sistema digestório. Depois o médico dá uma olhada no vídeo resultante e faz o necessário com ele. Olha só: você nem precisou tirar a calça.

Given Imaging-FDA Approval

Agora que a PillCam já foi aprovada pelo FDA (órgão análogo à ANVISA nos EUA), não deve demorar muito até a novidade aportar em terras tupiniquins. Você não está animado(a) para ver os vídeos ótimos da PillCam que vão pipocar no YouTube? Ótimo, porque eu já tenho um prontinho aqui para você! Aproveite!

PS: NSFW (melhor não ver no trabalho), e é um pouquinho nojento. Mas o que a curiosidade não faz, né?

O texto foi traduzido e adaptado do site Core77 (clique para acessar a notícia original), bem como as imagens. O vídeo é do usuário GivenImaging no YouTube.

Livro de inglês do Japão é tão estranho que chega a ser engraçado

Com o advento da internet, muito da cultura e humor de outros países acabam respingando em outros, o que pode ser muitas vezes divertidíssimo, algumas vezes ofensivo, e outras vezes simplesmente estranho. No caso do Japão, normalmente o estranho e o divertidíssimo andam aliados. As fotos abaixo não poderiam ser diferentes.

Estas são algumas páginas de um livro de inglês para japoneses. Ele traz a tradução de alguns termos e depois dá exemplos de frases onde eles poderiam ser aplicados. Nada de anormal até então, certo? Então tá, vamos dar uma olhada nesses termos… As traduções estão embaixo de cada imagem.

wig

Peruca – “Eles se cumprimentaram erguendo suas perucas.”

urine bottle

Garrafa de urina – “A nova enfermeira, Kristi, pode jogar uma garrafa de urina a 160km/h.”

stamp with blood

Selar com sangue – “Me desculpe, sr. carteiro, não consigo achar meus selos. Posso selar com o meu sangue?”

paw pad

Patada – “Por favor, aceite essas patadas como uma prova de amizade.”

octopus wiring

Cabeamento de polvo – “Que cabeamento de polvo fantástico!” “Obrigada, pedi para um profissional fazer.”

massive blackout

Blecaute imenso – “Bob danificou os cabos de energia com um golpe e causou um blecaute imenso na região metropolitana.”

half-smile

Sorriso amarelo – Por favor, evite entrar no trem com um sorriso amarelo porque é muito assustador.

google

Google – “‘Por que não olha no Google?’, disse Zhuge Liang a Liu Bei, secamente.”

fart

Pum – “O pum letal do papai fez com que nossa mãe perdesse o equilíbrio mental.”

fall in love

Apaixonar-se – “O trem atrasou por mais de duas horas porque o condutor se apaixonou.”

dirty joke

Piada suja – “A comemoração de Ano Novo foi completamente arruinada pelas piadas sujas do gerente.”

diarrhoea

Diarreia – “Por ter diarreia persistente durante o período de treinamento, Nick ganhou o apelido de ‘Niágara.'”

defendant

Réu – “Piadas à parte, agora darei meu veredito… Considero o réu culpado!”

best-before date

Data de expiração – “Receio ter que dizer isso, mas você passou da sua data de expiração.”

behind bars

Atrás das grades – “Posso falar com o sr. Saito?” “Ele está atrás das grades agora, e não deve aparecer até ano que vem.”

 

O que acharam? Bom livro para aprender inglês? 🙂
(Imagens retiradas do 9gag / traduções por Procrastinando)

 

Nescau com água

Já ouviu falar de Nescau com água? Eu também não. E nem tinha pensado em tal hipótese até hoje, quando procrastinação e preguiça me impediram de ir até o Extra para comprar mais leite. Com a falta de leite, mas ainda com vontade de tomar um pouco de chocolate, comecei a me perguntar se existia uma mistura ou alguma boa forma de fazer o bendito achocolatado com um copo d’água. Já pensou?

Eu já sabia que existiam achocolatados feitos para serem diluidos em água. Nos EUA, é bem comum o achocolatado em pó precisar ser feito com água fervente, para fazer o famoso chocolate quente, e ainda pedem para você adicionar açúcar porque é só o extrato do cacau ou o que for. Americano adora inventar moda. A embalagem ainda fala que o cacau vem da ~Amazônia~ para agregar valor. Tá.

hersheycocoa

Comecei a pesquisar na internet sobre o resultado da tal mistura com o nosso Nescau da Nestlé. O primeiro lugar que encontrei me disse, basicamente, que ficava horrível e que eu estava louco, ou que a crise econômica devia estar brava por aqui para eu não ter leite em casa. “Compra leite, menino!” e em seguida, “Aceite Jesus como seu salvador!” Bem no contexto, né? Às vezes Jesus tem leite.

Acabei encontrando outro resultado que era de um rapaz perguntando o que outras pessoas achavam da ideia. Ele segue dizendo que até prefere achocolatado com água porque fica um gostinho mais amargo. Outra menina respondeu dizendo que também preferia. Um disse que não gostou no início, mas que depois o gosto agradou e ele pensa em fazer mais. O depois dele disse o mesmo. Aí eu levantei as orelhinhas: será?

Resolvi fazer, até porque se a preguiça me impediu de ir até o supermercado quando ele estava aberto, talvez eu merecesse alguma punição se saísse algo ruim. Enchi um copo e coloquei três colheres de Nescau. Misturou até melhor que leite. Ficou um marrom bem diferente, que me lembrou licor de chocolate. Olha comequié:

Marrom escuro, dizem que é amargo. Será que presta?
Marrom escuro, dizem que é amargo. Será que presta?

Chegou a hora de experimentar e… não é que não é tão ruim mesmo? Não vou dizer que é a melhor coisa que eu já tomei na minha vida, que serve de substituto para o leite ou que a Nestlé deveria começar a sugerir as duas “receitas” na lata do achocolatado, mas serve. Se você é como eu, que às vezes não tem vontade de sair de casa só para ir comprar leite, ou mesmo tem um pouco de tristeza ao comprar quando se lembra dos preços do Rio de Janeiro, o Nescau com água é uma boa alternativa.

De fato, o sabor é mais amargo. Mas não o é de uma forma ruim. Lembra um pouco o sabor do Diamante Negro, fica mais parecido com chocolate barra mesmo. E dá para tomar tranquilo, sem medo de ficar meio azedinho, como acontece com o leite. Experimento aprovado.

E aí, encara o Nescau com água?