O homem que previu o smartphone exatamente como ele é hoje: David Gerrold

Esse é um PITA no seu bolso?

Tenho um celular, um organizador de bolso, um pager, uma calculadora, uma câmera digital, um gravador de bolso, um tocador de música e, em algum lugar por aqui, eu costumava ter uma televisão a cores.

Em algum tempo, nos próximos anos, todos esses dispositivos se fundirão em um só. Será uma caixinha com menos de uma polegada e menor que um baralho (o tamanho será determinado pela conveniência ao segurar, e não pela tecnologia interna). A caixinha terá uma tela colorida de alta resolução, um microfone, uma entrada para fone de ouvido ou headset, uma lente de cãmera, conectividade wireless, funções de pager e telefone, uma televisão, receptor de rádio, um gravador digital e terá poder de processamento e memória suficientes para funcionar como um computador de mesa. Ele poderá ser conectado a um teclado e monitores. E sim, ele também terá funções de e-mail embutidas.

O mais importante é que ele terá reconhecimento de voz e síntese de voz. Ele te escutará e responderá em inglês ou qualquer idioma que você precisar, e sim, terá um tradutor também. Será um agente, indo por aí fazendo cibertarefas para você. Por exemplo: “Preciso de um restaurante japonês em Tulsa, perto do Hotel Ramada Inn. Agende uma reserva e arrume um transporte. Se não tiver japonês, tente um italiano.” Ou, “Envie uma mensagem de voz para Bob dizendo: ‘Bob, aceitamos sua oferta, mas precisaremos de um rascunho do acordo até dia 15. Me avise se tiver algum problema.'”

Chamo esse dispositivo de Personal Information Telecommunications Agent (Agente Pessoal de Informação e Telecomunicação), ou PITA, para abreviar. A sigla também pode significar Pain In The Ass (Encheção de Saco), o que também será, porque ter tanta conectividade destruirá o que sobrou da privacidade de todo mundo.

David Gerrold é um autor premiado que escrevia sobre computação, e atualizou seu site até 2014. Essas previsões foram publicadas em dezembro de 1999.

Será o fim do Facebook? Logo ali depois do horizonte?

O Facebook caiu em 15,47% nas ações da BM&FBovespa e 14,97% na NASDAQ desde o início de março e se o FTD (Federal Trade Commission) dos EUA resolverem multar esta rede social por todas as infrações de privacidade (mais de 50 milhões) no valor estipulado de US$ 40.000 (R$ 133.200), o que pode muito bem ocorrer – a Cambridge Analytica teve acesso e repercutiu dados de usuários que nunca aceitaram seu compartilhamento da forma que sucedeu – isso significa uma cobrança de cerca de US$ 2 trilhões, ou em tupiniquim, R$ 6,6 trilhões.
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Ou seja, se o FTC decidir que sim, em um médio prazo não haverá mais o Facebook. Isso inevitavelmente vai gerar uma nova organização na internet, em que os usuários procurarão redes sociais diferentes para se aglomerar.
 
Se alguma empresa fizer da forma certa e conseguir chamar os maiores “influencers” das mídias sociais antes das outras, pode ser que tenhamos outra rede social global como o Facebook tem sido até hoje. Caso contrário, pode acontecer, como na época do Orkut no Brasil e MySpace nos EUA, cada país com sua rede social preferida.
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Isso me deixou pensativo o dia inteiro, sobre o que poderia vir para substituir uma rede social tão completa e se teríamos uma desglobalização da informação disseminada na internet. Hoje, posso usar o Facebook para ver notícias, imagens, músicas e vídeos de meus amigos americanos e de sites que acompanho de lá, bem como atualizações dos meus amigos europeus. Futuramente, pode ser que eu precise me registrar em outros serviços caso queira continuar a acompanhar estas pessoas.
 
Isso repercutiria em milhões de áreas de comentários de blogs e sites mundo afora, na conectividade a certos serviços (como o perfil do Facebook no Spotify), entre outras questões importantes. Afetaria as propagandas e a forma que vemos as notícias.
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Claro que isso tudo se a FTC realmente decidir por acabar com o Facebook. Acredito que, para uma empresa de tamanha importância e alcance, provavelmente um acordo há de ser feito. Por outro lado, pensar em um futuro com outra organização “mandando” na internet é um exercício interessante.
 
Lembram-se dos fóruns? Dos chats? Dos guestbooks? Do MSN? Será que voltariam? Será que redes como o Twitter tentariam abraçar mais funções para aproveitar os usuários que já têm? Já pararam para pensar que também se iriam, a menos que vendidos, o Instagram e o WhatsApp? O SnapChat com certeza gostaria da notícia, recebendo de volta seus clientes fãs de fotos temporárias e se salvando de uma crise financeira que tem só se agravado com recentes escorregões de relações públicas.
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Como eram os “guestbooks” de outrora.
 
Esses últimos dias são um momento importante para refletir sobre o tamanho do Facebook na internet, no mundo e na sua vida. Até onde ele já te influenciou, tudo que já aprendeu por ele, e onde você estaria no mundo online se ainda usássemos o Orkut ou se redes sociais nem fossem utilizadas.

Novo órgão humano descoberto, e ele pode estar ajudando a espalhar câncer no corpo!

Texto original: Jessica Hamzelou

Uma rede de canais cheias de fluido recentemente descoberta no corpo humano pode ser um órgão nunca antes conhecido, e parece ajudar a transportar células cancerígenas pelo corpo.

A descoberta foi feita sem querer, a partir de endoscopias de rotina – um procedimento que envolve inserir uma pequena câmera no trato gastrointestinal das pessoas. Novas formas de abordar o exame permitem que os médicos usem esse procedimento para dar uma espiada microscópica no tecido dentro do intestino também, com alguns resultados surpreendentes.

Uma equipe esperava encontrar o duto biliar rodeado por um tecido duro e denso. Ao invés disso, viram padrões estranhos e inexplicáveis, e levaram suas descobertas até Neil Theise, um patologista da Escola de Medicina da Universidade de Nova York.

Amortecedores de impacto

Quando Theise usou o mesmo dispositivo de endomicroscopia para analisar a pele de seu próprio nariz, viu um resultado parecido. Investigações mais aprofundadas de outros órgãos sugerem que estes padrões são feitos por um determinado fluido que se move através de canais em todos os cantos do corpo.

Theise sugere que todo tecido no corpo possa estar cercado por uma rede destes canais, que essencialmente formam um órgão. A equipe estima que o órgão contenha cerca de um quinto do volume total de fluido no corpo humano. “Achamos que agem como amortecedores de impacto,” diz Theise.

Esse órgão provavelmente nunca foi visto antes porque abordagens comuns de processar e visualizar o tecido humano causa a drenagem dos canais, e as fibras de colágeno que formam a estrutura dessa rede colapsam sobre si mesmas. Isso faria os canais parecerem uma parede dura de tecido protetor denso, ao invés de um amortecimento cheio de fluido.

Transporte cancerígeno

Mas assim como a proteção dos órgãos, a rede pode ajudar a espalhar o câncer. Quando a equipe de Theise examinou as amostras tiradas de pessoas com cânceres invasivos, encontraram evidências de que células cancerígenas que conseguiam sair de seus tecidos originais poderiam conseguir entrar nesses canais, posteriormente sendo levadas diretamente ao sistema linfático. “Depois que entram, é como se estivessem em um tobogã,” diz Theise. “Temos uma nova janela no mecanismo da propagação do tumor.”

Theise e seus colegas agora estão investigando se uma análise do fluido nesses canais recém-descobertos podem levar a diagnósticos mais rápidos de cânceres. Também acham que o órgão possa estar envolvido com outros problemas, incluindo o edema, uma rara doença do fígado, e outras doenças inflamatórias.

Referência acadêmica: Scientific Reports, DOI: 10.1038/s41598-018-23062-6

Traduzido do site NewScientist.

Atualização: o órgão já foi batizado em inglês de “interstitium,” o que provavelmente vai se traduzir para “interstício” em nosso idioma.

O 190 não foi feito pensando em celulares. O Google pode mudar isso.

O número de emergência 190 nunca foi feito pensando nos celulares. Agora, o Google está testando um novo método de localizar aqueles que ligam para enviar ajuda o mais rápido possível.

Quando o número de emergência 190 foi criado, não havia como saber que celulares mudariam a forma que as pessoas usam o serviço. Hoje, ainda é difícil para que operadores apontem a localização exata dos contatos para enviar ajuda – mas o Google poderia mudar tudo isso.

A gigante da busca está testando uma forma de usar a tecnologia que identifica a localização dos usuários no Google Maps para auxiliar os serviços de emergência. Como noticiado pelo Wall Street Journal, uma amostra de ligações para o 911 (número americano de emergência) feitas usando celulares Android entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018 tiveram dados da geolocalização enviados diretamente ao operador.

Atualmente, as empresas de telecomunicação detectam a localização de um dispositivo triangulando sua distância de várias torres de celulares, mas isso não é particularmente preciso. O estudo apontou que os dados do Google davam uma média de estimativa de localização com raio de 37 metros, ao passo que os dados das telefônicas tinham uma média de 160 metros.

Atualmente, cabe ao operador descobrir a localização exata a ser repassada para os oficiais que responderão à emergência a partir de quem está ligando. Dado o fato de que podem estar nervosos, ou potencialmente em um lugar com que não têm familiaridade, isso pode ser uma tarefa difícil.

Nesse tipo de situação, uma pequena melhora no tempo de resposta pode salvar uma vida. Uma pesquisa publicada pela Comissão Federal de Comunicação dos EUA (FCC) sugere que até 10.000 vidas poderiam ser salvas anualmente se os tempos de resposta emergencial fossem melhorados em apenas um minuto.

O Google tem a tecnologia para fornecer esse serviço já há algum tempo – foi implementada no Reino Unido e na Estônia em julho de 2016, de acordo com um relatório da Ars Technica. Muitos sentem-se desconfortáveis com a ideia de permitir que o smartphone rastreie a localização, mas em uma circunstância de emergência, é fácil ver os benefícios.

Traduzido do site Futurism.

Nova droga mata o vírus da gripe em 24 horas

A temporada de gripe deste ano é a mais severa já vista em muitos anos. No futuro, poderemos ser capazes de evitar que o vírus se espalhe de pessoa a pessoa usando um medicamento que age rapidamente.

Tem se falado que a temporada de gripe deste ano está sendo a mais espalhada já registrada, causando mais de 17.000 hospitalizações desde outubro de 2017, de acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC). Agora, uma fabricante de remédios japonesa alega ter desenvolvido uma pílula capaz de matar o vírus em apenas um dia.

Pacientes americanos e japoneses que fizeram parte dos testes feitos recentemente da pílula da Shionogi & Co parecem ter eliminado o vírus de seus corpos em cerca de 24 horas. A título de comparação, o popular Tamiflu, produzido pelo grupo Roche, costuma levar três vezes mais tempo.

O composto da Shionogi e o Tamiflu levam por volta do mesmo tempo para conter os sintomas da gripe, mas o novo remédio fornece alívio mais rapidamente. Além disso, segundo seus criadores, é necessária apenas uma dose para ser eficaz, ao passo que o Tamiflu deve ser tomado duas vezes ao dia, por 5 dias.

A empresa japonesa usou seu remédio anti-HIV de base para produzir uma droga diferente das outras medicações contra a gripe. O vírus age sequestrando células humanas e forçando-as a produzir material viral ao invés de proteínas, o que normalmente espalharia o vírus pelo corpo.

Enquanto tratamentos atualmente disponíveis impeçam o vírus de sair da célula infectada e se espalhar, o método da Shionogi evita que o material viral seja até mesmo produzido.

Pesquisas de métodos para lutar contra o vírus influenza normalmente se concentram em melhorar as vacinas existentes ao invés de desenvolver novos tratamentos. No entanto, este projeto poderia ser um passo chave na luta contra a gripe, já que que matar o vírus o mais rápido possível poderia reduzir o risco de indivíduos infectados espalharem a doença.

De acordo com o Wall Street Journal, a Shionogi diz que as autoridades regulatórias de drogas no Japão estão agilizando a aprovação do medicamento, e a empresa poderia ter permissão para seguir adiante ainda em março deste ano. Uma inscrição para aprovação nos EUA será feita no meio do ano, embora uma resposta não seja esperada até 2019.

Traduzido do site Futurism.