Se uma formiga é transportada de sua colônia para outra da mesma espécie em outro lugar, ela será vista como inimiga ou integrada à colônia?

Leia minha resposta original no Quora.

As formigas dependem muito de odores e feromônios, então uma formiga com um cheiro diferente será vista como um inimigo invasor.

Mesmo formigas da mesma espécie podem ter odores diferentes. Apesar disso, há as chamadas megacolônias, com várias rainhas diferentes e que convivem em sociedade. Também há algumas formigas com os mesmos odores, mas outros traços distintivos — como os feromônios — faz com que elas se ataquem.

Uma formiga solitária provavelmente andará por aí até morrer, incapaz de reencontrar seu lar. Um grupo de formigas transportado para outra colônia causará o início de uma grande guerra. Se você tiver uma pitada de sadismo científico, pode fazer esse teste!

É verdade que só a barata sobreviveria a uma guerra mundial nuclear? Quais espécies sobreviveriam?

Leia minha resposta original no Quora.

Baratas:

Já estão por aí há 250 milhões de anos, superando vários episódios de grandes extinções na Terra. Elas se reproduzem muito rápido; mesmo quando você pisa em uma barata, ela expele milhares de ovos para que seus filhos tenham uma chance de continuar no seu apartamento. Podem ficar sem água por muito tempo e sobrevivem bastante mesmo sem a cabeça, pois o cérebro é distribuído pelo corpo. Além de tudo isso, as asas ainda oferecem uma proteção adicional contra a radiação.

Peixe Mummichog:

Sobrevive em águas limpas ou poluídas, frias ou quentes, salgadas ou doces. Conseguiu se adaptar à vida sem gravidade, na Estação Espacial Internacional. É uma das espécies mais adaptáveis de peixes do mundo. Provavelmente conseguiria se virar em algum canto da Terra.

Humanidade:

Com bunkers e alta capacidade de adaptação e inovação, é provável que alguns de nós sobreviveria. Resta saber se por muito tempo, visto que um inverno nuclear provavelmente acabaria com muito da nossa capacidade de manter a agricultura e a pecuária. Há certa esperança, no entanto.

Lingula:

Um animal que sobrevive há mais de 400 milhões de anos, com proteção externa que pode ajudar com a radiação e bons instintos de sobrevivência. Se a radiação não for alta o suficiente para destruir seus habitats e alimentos, eles vão continuar perdurando.

Tardígrado:

Conhecido e querido pela internet, esse animal pode ressecar e ficar em estado suspendo por incontáveis períodos. É resistente à radiação, ao calor, ao frio, ao vácuo e à pressão. Muitos ainda devem morrer, como já foi provado que eles não são tão resistentes assim às variações rápidas, mas ainda assim, a espécie deve perdurar.


É muito provável que milhões de espécies de microorganismos e plantas também sobrevivam a um apocalipse nuclear. Muitos dos seres vivos na Terra desenvolveram várias alternativas diferentes para se adaptar aos piores cenários. Da lista acima, creio que a humanidade seja a menos bem preparada para sobreviver.

Fonte da lista.

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Leia minha resposta original no Quora.

Na ilha japonesa de Koshima, existia uma tribo de macacos macaca. Era o começo dos anos 50, e um grupo de cientistas havia chegado à ilha para estudar essas curiosas criaturas.

Um dia, uma jovem macaca fêmea chamada Imo (a palavra japonesa para batata) decidiu começar a mergulhar suas batatas doces em um rio próximo antes de comê-las. Seu motivo era simples, e perfeitamente razoável: ela viu areia nas batatas e quis lavá-las. No entanto, nenhum dos macacos mais velhos e maduros haviam pensado em fazer isso antes – eles simplesmente empurravam a areia com as mãos.

Os irmãos e irmãs de Imo viram-na executando esse ritual nada familiar de limpeza. Sendo macacos, eles começaram a imitar sua ação, mergulhando suas próprias batatas no rio. Logo, sua mãe também seguiu a tendência. Evidentemente, essa família de macacos havia descoberto a maravilha de comer batatas limpas.

O que os cientistas observaram pelos próximos anos foi uma mudança dramática no comportamento de consumo de batatas por toda a ilha. A prática de lavar as batatas se espalhou rapidamente por toda a colônia de macacas, e em uma década, todo macaco com plenas faculdades mentais da ilha estava lavando batatas.

Mas não foi a técnica de lavar batatas que os macacos haviam aprendido. Em algum momento, durante aqueles anos de compartilhamento de conhecimento macaco-a-macaco, Imo descobriu um segundo truque para tornar seu consumo de batatas mais prazeroso – mergulhando suas batatas no oceano ao invés do rio, a água salgada temperava a batata e a deixava mais saborosa. Depois de cada mordida, ela mergulhava o pedaço exposto da batata no oceano novamente para melhorar o sabor. Esse hábito se espalhou tão rapidamente quanto o primeiro na comunidade de macacos.

Essas práticas de lavar batatas e mergulhar a comida foram propagadas por várias gerações. Até hoje, embora nenhum dos macacos originais esteja mais vivo, os macacos de Koshima podem degustar batatas limpas e com um sabor diferenciado.

Será que macacos também têm cultura?

Fonte (traduzida): Monkeys Washing Potatoes