Americanos realmente bebem cerveja quente como fica parecendo em alguns seriados?

Leia minha resposta original no Quora.

Não, os americanos também gostam de tomar a cerveja gelada, como os brasileiros. Quem toma cerveja na temperatura ambiente, muitas vezes, são alguns europeus, como os alemães. Em muitos casos, a cerveja continua gostosa mesmo na temperatura ambiente, e em outros casos, ela já fica gelada com a própria temperatura do ar, já que os europeus tendem a beber mais na rua (como os brasileiros), ao passo que americanos costumam ter que ir para lugares fechados para beber na maior parte dos estados.

Os seriados e filmes provavelmente mostram a cerveja parecendo quente para facilitar uma cena. Fica subentendido que a cerveja esteja gelada, ou que estivesse em um cooler ou freezer antes. Não se preocupam em fazer as garrafas parecerem “suadas” antes das cenas.

Pergunte a qualquer americano, e ele também achará estranho, provavelmente na próxima vez vai reparar, e aí, como eu e você, nunca mais vai conseguir deixar de perceber isso quando tiver alguma cena com cerveja! 😛

Homem que assassinou casal gay mostra o dedo do meio para as famílias no julgamento

Ele disse ao júri que não tinha arrependimentos na vida e tinha orgulho de cada decisão que havia feito.

Um homem, condenado por matar um casal gay na Flórida, mostrou o dedo do meio para os membros das famílias em um julgamento aberto.

Em novembro do ano passado, Peter Avsenew, de 32 anos, foi condenado por assassinar Kevin Powell e Steven Adams, um casal gay que ele conheceu no site de anúncios Craigslist em 2010.

Depois que Avsenew, que já trabalhou como acompanhante, foi convidado à casa deles em Wilton Manors, Flórida, ele os matou e roubou o dinheiro, carro e cartões de crédito da casa. O casal foi encontrado posteriormente com marcas de tiro e enrolados em cobertores.

Contrariando o conselho da juíza Ilona Holmes, Avsenew preferiu defender a si mesmo durante o julgamento no início de janeiro. Durante o julgamento, o júri votou em unanimidade pela pena de morte depois de Avsenew mostrar zero remorso pelo assassinato.

Durante as declarações de fechamento, ele disse: “Meu trabalho aqui é simples. Não tenho que provar nada para vocês, já que o estado já provou. Tudo que tenho que fazer é estar aqui e me comportar. Depende de vocês decidirem na minha vida ou morte baseando-se na informação fornecida durante este julgamento.”

Ele continua: “Não tenho arrependimentos na minha vida, e tenho orgulho das decisões que tomei. Ninguém realmente sabe o que aconteceu naquele dia. Todos podem especular sobre ‘se’ e ‘talvez’, até que estejam com a cara roxa, nunca realmente saberão.”

Depois de receber a notícia da pena de morte, Avsenew coçou a testa com o dedo do meio. Quando questionado sobre o gesto, ele disse: “Não foi para o júri — foi para a família.”

Marci Craig, irmã de Steven Adams, disse à ABC News: “No fundo do meu coração, já sabia que ele havia feito o gesto para nós. E depois ele admitiu que foi para nossa família.”

Ela adiciona: “Estou feliz que ele esteja sendo condenado à pena de morte.”

A juíza Holmes descreveu o gesto como “imprudente.” Avsenew não foi formalmente sentenciado e, desde então, contratou um advogado que deverá apresentar novas evidências no julgamento.

Avsenew é esperado para nova audiência amanhã, 26 de janeiro.

Fonte: Attitude.co.uk

EUA são único país fora do acordo climático de Paris

Resumo:

A Síria finalmente assinou o Acordo Climático de Paris depois de meses de guerra civil. Essa decisão faz dos Estados Unidos o único país a não participar do acordo climático histórico.

Aquele que fica de fora

Nota: os EUA disseram que sairiam do acordo em junho. No entanto, de acordo com a negociação original, isso não pode ser feito até 2020.

O Acordo Climático de Paris tem sido um tópico popular e controverso nos Estados unidos nesses últimos meses — ou ao menos desde que a administração de Trump decidiu tirar o país do acordo climático histórico. Após algumas semanas, quando pareceu que os EUA talvez mudassem de curso, as coisas parecem mais definitivas do que nunca. A Síria finalmente decidiu assinar o acordo, fazendo dos EUA o único país a não se comprometer oficialmente ao planejamento negociado para combater as emissões de gases do efeito estufa no mundo.

Quando o acordo de Paris foi adotado por mais de 190 países em dezembro de 2015, somente a Nicarágua e a Síria se abstiveram de participar do acordo. A Nicarágua só assinou em outubro desse ano, e agora a Síria resolveu ratificar a negociação. Isso deixa os EUA também como o único país das negociações originais a não assinar a definição.

A Síria estava passando pelas dificuldades da guerra enquanto as negociações de Paris aconteciam. Só agora que o país do Oriente Médio achou um tempo para respirar, finalmente considerar o acordo e enviar às Nações Unidas os documentos de ratificação, como relatam os oficiais presentes nas conversas sobre clima em Bonn, na Alemanha.

Um impulso que não desacelerou

Sob o acordo climático de Paris, países signatários têm como obrigação manter o aumento global de temperatura bem abaixo de 2 ℃ acima dos níveis pré-industrialização e, com o tempo, diminuir essa meta para menos de 1,5 ℃. Esforços para alcançar essas metas incluem, como informado no acordo, “Aumentar a habilidade de nos adaptarmos aos impactos adversos das mudanças climáticas, fomentar resiliência climática e o desenvolvimento com baixa emissão de gases, de forma que a produção alimentar não seja ameaçada.”

Embora não faça parte do acordo, estudiosos acreditam que os EUA ainda poderão alcançar essas metas. Vários estados concordaram em manter as obrigações do acordo de Paris apesar da falta de apoio em nível federal. Conhecidos como a Aliança Climática, esses 13 estados e Porto Rico representam mais de 33% da população americana, então não é surpresa que cobrem cerca de 1,3 milhão de empregos relacionados à energia limpa e renovável. Aliadas a esses estados, muitas cidades americanas também solidificaram metas locais em minimizar a emissão de gases do efeito estufa ou até mesmo eliminar o uso de combustíveis fósseis.

Então, embora os EUA não seja um participante oficial do acordo climático de Paris, não está tudo perdido. Ao passo que a ciência continua a provar que a mudança climática causada por seres humanos é real, e a economia da energia renovável continua a superar a de combustíveis fósseis, talvez o governo federal americano reconsidere seu posicionamento.

Texto traduzido por Cláudio Ribeiro do site Futurism.

A polícia do Colorado está usando um cheiroscópio para achar a maconha nas pessoas

Consegue sentir o perfume doce e pungente da marijuana legalizada no horizonte? Em 6 de Novembro de 2012, votantes do Colorado e Washington passaram o Adendo 63 e Iniciativa 502, respectivamente, que permitiram que a marijuana fosse produzida, vendida e consumida por adultos de 21 anos ou mais, regulada como o álcool e o tabaco.

Fonte: Wikimedia.
Conheça o infame Oficial Nasal.
Fonte: Wikimedia

Para fumantes da maconha de todos os EUA, estas leis foram uma grande vitória, abrindo caminho para uma ampliação da legalização pelo país. Agora que essa legislação foi revisada e implementada, centenas de dispensários em ambos os países ficaram programados para abrir as portas a partir do dia 1º de Janeiro de 2014. No entanto, um dos novos mandatos em Denver, Colorado, está mirando a inesperada e, ainda assim, mais identificável parte do processo: o grudento, fedorento cheiro da maconha da boa.

Denver é uma das poucas cidades com uma nova lei de odor, cuja qual o advogado da ACLU, Mark Silverstein, considera “tremendamente invasiva, mal-intencionada, desnecessária e inconstitucional”, e que pode acarretar em uma multa dolorosa de US$ 2000 aos violadores fedorentos. O número de reclamações relacionadas ao cheiro da maconha no Colorado dobrou de 7 em 2010 para 16 em 2012, e esse número vai, sem dúvida, subir no ano que vem quando a maconha de loja se tornar amplamente disponível, embora os números atuais de reclamações venham do cheiro arrasador de plantações, não dos próprios fumantes. O conceito regulatório é complicado; como qualificar o cheiro de qualquer área? Encha uma van no meio do verão e, para quem está lá, nem dá para notar o cheiro depois de alguns minutos, mas entre no dia seguinte e vai parecer uma cagada do Wiz Khalifa. Para ajudar na detecção, o departamento policial de Denver arrumou para eles o cômico, high-tech, futurístico “Oficial Nasal”, um cheiroscópio criado para ajudar o usuário a detectar quantidades de odor.

Fonte: Wikimedia
Fonte: Wikimedia

O dispositivo, também chamado de olfactômetro, parece um telescópio/respirador/megafone alongado para o seu nariz, e embora o site deles esteja cheio de jargões como “proporção de diluição”, “calibragem rastreável” e “mapeamento de odor”, é bem óbvio que isso não é um equipamento particularmente impressionante. É menos um instrumento de medida e mais um tubo com buracos de tamanhos variados e dois filtros na ponta. A premissa é que, ao inalar, uma certa proporção do ar que você recebe será carvão filtrado e limpo, e certa proporção virá direto do ar ao seu redor, que então permitirá ao usuário saber qual o nível detectável do cheiro que sentem. Logo de cara, parece que abandonar o dispositivo e usar o nariz que Deus te deu pode ser uma forma mais fácil de descobrir se tem uma quantidade de odor comprometedora no ar, e já que a medida real ainda é baseada nas capacidades de cheirar do policial com o Oficial Nasal, não há confiabilidade real em que se basear uma multa ou prisão.

Com um preço base de cerca de US$ 1500 para o Oficial Nasal, adicionados a um dos 3 cursos de treinamento oferecidos pelo fabricante, St. Croix Sensory, o departamento está olhando para um custo de US$ 3500 por dispositivo para os oficiais os levarem às ruas e vasculharem por fazendas particularmente fedorentas, sem contar com a inscrição paga ao patenteado Programa Rastreador de Odor (Odor Track’r Program, OTR), que permite ao usuário armazenar detalhes de inspeções de odores junto a coordenadas no GPS para mostrar representações gráficas de intensidade de cheiros no Google Earth. Ainda assim, toda a nova tecnologia parece estar lá para mascarar a pontencial ineficácia e custos altos para o que acaba sendo, no fim das contas, um juízo de valor.

O cheiroscópio do Futurama. Fonte: Comedy Central
O cheiroscópio do desenho Futurama.
Fonte: Comedy Central

Ben Siller, cujo nome é impossível de se ler como outra coisa que não o nome do cara de Zoolander, é um investigador do Departamento de Saúde Ambiental de Denver (DDEH). Ele disse ao Denver Post que a proporção atual de ar sujo-para-limpo digna de ser considerada ilegal é de, ao menos, 1:7, ou seja, ainda detectável quando misturada com sete volumes de ar limpo, embora de acordo com Siller, ninguém tenha sido processado através dessa lei desde 1994. No entanto, em 2012 uma empresa de ração para cachorros foi multada em US$ 500 pelo DDEH por não ventilar sua fábrica fedorenta apropriadamente, e em represália a companhia processou a cidade por tentar tornar uma área industrial em residencial. A multa e o processo foram arquivados, então sim, tecnicamente ninguém foi multado desde 1994, mas não por falta de tentativa. E embora o Oficial Nasal esteja sendo usado em Denver, onde as ressalvas quanto à marijuana foram seriamente tranquilizadas, há partes menos compreensíveis do país onde isso poderia ser usado no lugar de cachorros para identificar cheiros suspeitos falsamente. Posso imaginar estar parado em um cruzamento em Dallas [nota do blogueiro: no Brasil também, nem é difícil de imaginar quando lembramos da polícia que temos], encarando o tubo longo, branco e de plástico, enquanto um policial me diz que o cheiro daquela “erva do diabo” está detectável a uma proporção 1:10.

Em Outubro, o Conselho da Cidade de Denver propôs uma lista de regras a respeito do uso de marijuana, e uma delas poderia potencialmente tornar crime o “ato” de deixar escapar ao público o cheiro da maconha vindo de uma residência, além da cerca de um quintal ou através de dutos de ar. A indignação local quanto à distinção entre fumar em público e fumar abertamente provavelmente significa que as regulações serão reduzidas antes das novas leis entrarem em vigor. A presidente do conselho, Mary Beth Susman, disse ao Denver Post: “É difícil legislar sobre o odor. A potência necessária para registrar algo no Oficial Nasal é algo que temos que rever.” Ela continuou: “Também me pergunto se as pessoas vão se acostumar ao cheiro e se a insatisfação com ele pode mudar com o tempo.”

O texto é do @jules_su, e foi traduzido e adaptado do site Vice.