Uma inteligência artificial criou um estranho esporte chamado “Speedgate”

A agência de produtos digitais AKQA alega ter ensinado uma inteligência artificial a inventar um esporte ao fornecê-la dados sobre 400 jogos existentes, como noticiado pela TechCrunch. O esporte resultante nunca jogado antes, chamado “Speedgate” (Portão da velocidade, em tradução livre), é uma mistura nada comum de futebol com rugby — sem deixar de lado um toque de Quadribol.

O Speedgate é ora familiar, ora bizarro. Dois times adversários de seis jogadores passam a bola, podendo chutar ou jogá-la através de um dos dois “portões” em cada ponta do campo — desde que já a tenham passado pelo portão do meio antes. Os times são compostos de três atacantes e três defensores. Apenas um defensor pode ficar em um portão por vez. Não é permitido empurrar.

Encare a bola

Outros jogos criados pelo algoritmo da AKQA eram ainda mais estranhos. Algumas das ideias fracassadas da IA incluem “descrições para esportes como ‘parkour debaixo d’água’, um jogo com um frisbee que explode e outro em que os jogadores passam a bola enquanto estão em uma corda bamba segurada por balões de gás hélio”, como informa a TechCrunch.

A AKQA chegou ao ponto de organizar uma demonstração ao vivo (assista ao vídeo) do Speedgate em um evento em Portland, na semana passada. A IA até desenvolveu uma série de logotipos usando uma rede geracional de outra empresa e também vários slogans motivacionais divertidos, como por exemplo: “Encare a bola, seja a bola, esteja acima da bola.”

Texto original escrito por Victor Tangermann no site Futurism.

Uma nova, enorme base de dados sugere que a desigualdade vai só piorar

A “espiral sem fim da desigualdade” pode estar chegando mais rápido do que imaginávamos.

No seu livro best-seller de 2014 “O Capital no Século XXI” (tradução livre), o economista Thomas Piketty alerta que se os já riscos pudessem acumular riqueza mais rápido do que as economias conseguissem crescer, a desigualdade iria disparar nas próximas décadas, potencialmente desestabilizando sociedades no processo.

A riqueza, afinal, se auto-perpetua. Você põe dinheiro na poupança, e ele cresce. Você compra uma casa e seu imóvel (tipicamente) é valorizado. Você investe na bolsa de valores e vê uma taxa anual de retorno.

Esta máquina corta e separa US$ 2.000 em notas de R$ 20 para serem agrupadas e enviadas aos seus destinos vindas do Escritório de Impressão e Gravação. Créditos: Marvin Joseph / The Washington Post

O trabalho, por outro lado, não é assim. Se você não tiver riquezas e quiser ganhar dinheiro, precisa continuar trabalhando. Se a economia for forte o suficiente, seus ganhos aumentarão, e com o tempo você poderá gerar alguma riqueza própria. E se seus ganhos estiverem aumentando mais rapidamente do que a riqueza, há uma chance de que algum dia você poderia alcançar a pessa que começou com uma poupança de R$ 1 milhão.

Comparativamente, se seus ganhos estiverem crescendo mais lentamente do que a riqueza aumenta, você nunca irá alcançar. Você pode trabalhar o quanto quiser e economizar o quanto conseguir, mas nunca chegará ao ponto do riquinho da poupança. Para usar uma analogia de maratona, não só eles começaram no meio do caminho, mas estão correndo mais rápido que você.

Questionamentos acerca de quão rápido a riqueza cresce em relação à economia têm sido dificultados por uma falta de dados bons, completos e comparáveis de longo termo sobre as taxas de retorno de vários recursos: ações, títulos, imóveis e similares. Isso seria necessário para se saber o que esperar do retorno “natural” em uma economia ocidental: quanto esperar da valorização de imóveis com o tempo? E o retorno esperado na bolsa de valores com o passar das décadas? E os títulos do governo?

Agora um artigo em construção, escrito pelo economista Òscar Jordà, do Banco da Reserva Federal de São Francisco, pretende calcular justamente isso: “A Taxa de Retorno de Tudo.”

Depois de compilar esta base de dados pioneira, a equipe de Jordà chegou a uma conclusão surpreendente: o livro de Piketty até subestima as taxas históricas de retorno de riqueza. “O mesmo fato reportado [por Piketty] se prova verdadeiro para mais países, mais anos, e mais dramaticamente,” os pesquisadores concluem.

A riqueza se acumula mais rapidamente — muito mais rapidamente — do que o ritmo das economias. Se isso é mesmo verdade, significa que nos próximos anos, a desigualdade das riquezas poderá crescer ainda mais rápido do que Piketty temia.

A lacuna entre o acúmulo de riqueza e o crescimento econômico tem sido um tema constante nas grandes economias do mundo praticamente em todo o período entre 1870 até 2015, segundo os pesquisadores. Compilaram um banco de dados da taxa anual de retorno dos quatro maiores tipos de riqueza: títulos do governo, contas no tesouro, ações e imóveis residenciais.

A contribuição-chave está relacionada ao último citado: imóveis. Para ter dados comparáveis dos últimos 150 anos em 16 países, combinaram duas bases de dado compiladas recentemente: uma dos preços das casas e outra dos aluguéis.

Adiciona-se os retornos de tudo, faça um gráfico da taxa média durante o período para todos os 16 países da base de dados, e você acaba com um diagrama assim:

Pode-se constatar que houveram poucos choques aos retornos em geral da riqueza no último século e meio — as taxas caíram dramaticamente durante as duas guerras mundiais, assim como na crise do petróleo dos anos 70 e, mais recentemente, na crise financeira global de 2007.

Mas no todo, se você fosse um típico investidor e quisesse comprar uma parte representativa da economia do mundo rico, você poderia esperar uma taxa anual de retorno de cerca de 6,28%.

Você pode pensar nessa como a taxa “natural” de retorno em uma economia avançada: se uma pessoa investisse US$ 100 em uma parte representativa de uma dessas economias, teria US$ 106.28 ao fim do ano.

Agora vamos comparar isso à taxa de crescimento econômico geral.

Com a exceção dos tempos de guerra, quando a instabilidade afeta os mercados de ações (ou os desabilita completamente) e bombas literalmente destroem a riqueza imobiliária, a taxa de retorno de riqueza tem sido bem mais alta do que a taxa de crescimento das maiores economias. No geral, se o retorno médio anual de riqueza desde os anos 1870 tem sido de 6,28%, o crescimento econômico anual se resume a somente 2,87%.

“A taxa de retorno média de capital foi duas vezes mais alta que o crescimento dos últimos 150 anos,” os autores concluem.

Muitos economistas apontam que isso não é necessariamente um problema. Há muitos fatores, como taxações sobre heranças e depreciação, que podem reduzir o valor do capital com o tempo. No fim das contas, “mais capital irá erodir o retorno econômico no capital,” como um dos críticos de Piketty apontou em 2014.

Mas os números compilados pela equipe de Jordà não parecem excluir esse fator. Eles observam que o valor total de recursos do capital nas economias estudadas, comparado ao PIB, praticamente dobrou entre os anos 70 e 2015. Mas nesse período, o retorno desses recursos foi relativamente estável. Mais capital não erodiu o retorno econômico no capital.

A implicação é que Piketty pode ter estado certo, afinal de contas, com sua previsão lúgubre de desigualdade em aceleração nas décadas por vir, talvez até mais certo do que imaginava.

De toda forma, os dados compilados pela equipe de Jordà poderão ajudar os economistas a refinar ainda mais a compreensão da questão — e o que isso significa para nossas carteiras.

Traduzido do Washington Post.

Câmeras na China acham repórter em 7 minutos

O maior sistema de monitoramento por CCTV do mundo

Há 170 milhões de câmeras de monitoramento pela China, com 400 milhões mais a serem instaladas até 2020. Gabando-se do maior sistema de monitoramento do mundo, o país também está investindo em tecnologias de inteligência artificial (IA) e reconhecimento facial.

Em uma demonstração de poderio tecnológico, oficiais chineses localizaram e apreenderam o repórter da BBC John Sudworth apenas 7 minutos após sua imagem ser “alertada às autoridades.” Não foi uma prisão real, no entanto. Foi somente um exercício para mostrar o poder tanto das câmeras de CCTV do país como da avançada tecnologia de reconhecimento facial. A julgar pela velocidade da captura de Sudworth, fica claro que os sistemas de monitoramento da China são, sem dúvida, muito capazes. Você pode assistir o processo no site da BBC (em inglês).

O sistema de monitoramento da China é impressionante. Fonte: Wikimedia Commons

Ao passo que a China usa seus sistemas de monitoramento para auxiliar investigações policiais e melhorar a segurança em geral, empresas privadas também utilizam essas tecnologias para monitorar trabalhadores. Alguns argumentam que a tecnologia poderia ser facilmente abusada pelo governo.

O Big Brother está assistindo

De um ponto de vista focado em eficácia, o sistema de monitoramento da China é impressionante. Mas a ameaça de que possa ser usado de formas não-éticas ou nefastas é muito real. A história é especialmente relevante pelo uso de um repórter nessa demonstração. Nesse momento, em lugares como a Turquia, por exemplo, jornalistas estão sendo perseguidos e presos. Nem todos os governos respeitam o direito à liberdade de expressão, e essa tecnologia abre uma caixa de pandora cheia de possibilidades assustadoras.

Se não houver regulamentação apropriada, sistemas tão extensivos de monitoramento poderiam impactar dramaticamente no compartilhamento de informações e no jornalismo moderno. Atualmente, repórteres podem viajar e cobrir histórias na maior parte dos países sem interferências muito sérias do governo local. Mas se mais e mais governos usarem tecnologias de monitoramento como essa para localizá-los, não só mais jornalistas estarão em risco, mas informações sobre a atividade em países mais autoritários podem não ser mais disponibilizadas.

Se o Big Brother está assistindo, quem está guiando seus olhos? Essa tecnologia, um destaque das catástrofes em histórias de ficção científica, tem o potencial de restringir a liberdade de expressão e proteger governos que estão, para simplificar, agindo mal. Com toda a informação que confiamos aos nossos vários dispositivos — onde estamos, o que estamos comprando, pelo que procuramos —, as pessoas estão mais fáceis do que nunca de encontrar. Mas usar essa informação para identificar, rastrear e, no fim, capturar as pessoas em questão de minutos tem o potencial de destruir a vida como a conhecemos.

Traduzido do site Futurism, com fontes da BBC News.

Coreia do Sul construirá cidade para eliminar os carros

Quando os cidadãos do Distrito Administrativo Internacional (IBD) em Songdo, Coreia do Sul vão trabalhar, pegar os filhos na escola ou fazer compras no supermercado, dirigir é opcional.

Isso porque o distrito de ₩ 38 bilhões (R$ 114 bilhões) — atualmente um projeto em construção do tamanho do centro de Boston — foi imaginado para eliminar a necessidade de carros.

Um projeto que começou em 2002, a área prioriza o trânsito em massa, como ônibus, metrôs e bicicletas, ao invés de tráfego de automóveis, de acordo com Stan Gale, presidente da Gale International, que fomentou o projeto do IBD.

Quando completado, em 2020, o distrito terá a área de 9,3 km².

Dê uma conferida no plano do IBD abaixo.

Na cidade de Songdo, Coreia do Sul, a Gale International está construindo o Distrito Administrativo Internacional (IBD) em uma região reapropriada ao longo do Mar Amarelo. Fonte: Consenti Associates

 

Desde o primeiro estágio de planejamento, os desenvolvedores tentaram fazer com que o distrito fosse sustentável. Uma das estratégias foi projetar a área para reduzir a necessidade de carros. Fonte: Gale International

 

O IBD possui um plano urbano de uso misto, o que significa que lojas, escritórios, parques, clínicas médicas e escolas ficam todos próximos das casas. A maior parte das construções não-residenciais ficam a uma caminhada de distância de todo o resto.

Apartamentos e prédios administrativos foram construídos a 12 minutos de paradas de ônibus ou pontos de metrô.

25 km de ciclofaixas passam pelo distrito, conectando-se a uma rede maior de 145 km da cidade de Songdo.

Medalhista de ouro Ai Ueda (direita) do Japão e Ma Claire Adorna, das Filipinas, pedalam durante o triatlo feminino no Parque Central de Songdo durante o 17º Jogos Asiáticos em Incheon. 25 de setembro, 2014. Fonte: Reuters

 

Cerca de 40% da região é reservada para espaços verdes (por volta do dobro de Nova York), o que também encoraja os cidadãos a caminhar, segundo Gale. Fonte: Gale International

O maior parque do IBD, com 41 hectares, foi inspirado no Central Park de Manhattan.

“O que você vê hoje em Songdo, uma cidade que é compacta e fácil de caminhar, é o resultado dessa abordagem bem-pensada de planejamento,” diz Gale.

O IBD é parte de um projeto maior, chamado de Zona Econômica Livre de Incheon na cidade de Songdo, liderado pelo governo sul-coreano.

Uma área de construção no distrito da Cidade Internacional de Songdo, parte da Zona Econômica Livre de Incheon, a oeste de Seoul. 11 de dezembro, 2008. Fonte: Reuters

Quando o governo começou a planejar a cidade de Songdo em 2000, 500 toneladas de areia foram despejadas nos pântanos locais para fixar a fundação.

Atualmente, 20.000 unidades residenciais estão completas ou em construção no IBD, onde cerca de 50.000 pessoas vivem. Aproximadamente 100.000 habitantes moram na grande Songdo.

Outra vantagem de viver no distrito: não há caminhões de lixo. Ao invés disso, um sistema pneumático de tubos suga o lixo de calhas nos prédios residenciais e os leva a uma instalação central de separação de lixo em segundos. Lá, ou o lixo vira energia ou é reciclado. Fonte: Gale International

 

O IBD tem mais de 100 prédios com certificação LEED — o sistema mais usado no mundo para classificar a sustentabilidade.

O desenvolvimento vem com meta de certificação LEED na escala de bairros inteiros, e planejam reciclar 40% da água utilizada.

A cidade de Songdo produz um terço a menos de gases causadores do efeito estufa em comparação com outras cidades do mesmo tamanho.

No entanto, alguns habitantes têm reclamado que o IBD e a grande Songdo são muito afastados de Seoul — o centro econômico, político e cultural do país. Leva mais de uma hora para chegar à capital.

Um homem observa a rua no centro de Seoul, Coreia do Sul. 18 de abril, 2013. Fonte: Associated Press

 

Cerca de 70.000 pessoas trabalham em Songdo, o que é muito menos do que os 300.000 que o governo da cidade esperava. Fonte: Consenti Associates

 

Por esse motivo, pode ser muito cedo para dizer se Songdo se tornará um centro urbano próspero.

“De várias formas, é a cidade que os coreanos querem mostrar ao mundo, como é um lugar limpo, futurista e sem nenhuma pobreza visível,” diz Colin Marshall, um dissertador baseado em Seoul que escreve sobre cidades, ao The Los Angeles Times.

O IBD tem atualmente a medida de 5,6 km². Em 2020, já será quase o dobro.

Os responsáveis pelo projeto esperam que a cidade se torne um modelo para outras cidades ao redor do mundo.

Traduzido do site Business Insider.

Robôs tirarão empregos, mas criarão novos; confira quais!

Os robôs estão atrás de nossos empregos. Já ouvimos isso antes, e em níveis variados, é verdade. O grupo de consultoria administrativa Cognizant prevê em seu livro “What to do when machines do everything” (O que fazer quando as máquinas fizerem tudo, tradução livre) que nos próximos 10 a 15 anos, 12% dos empregos nos EUA serão substituídos pela automação.

No entanto, nem tudo está perdido. O grupo também prevê que haverão 21 milhões de novos empregos criados como resultado direto de novas tecnologias. Para mitigar um pouco do medo e ajudar no preparo para o futuro, a organização pensou em 21 empregos que acreditam que irão surgir nos próximos anos.

Fonte: Getty Images

 

“Queríamos tentar fazer o alerta de que há algo grande e profundo acontecendo,” disse Ben Pring, vice-presidente e diretor do Centro para o Futuro do Trabalho da Cognizant. “Se você estiver prestando atenção, há tempo o suficiente para lidar com isso agora,” adicionou ele.

Escritas para descrições de trabalho hipotéticas de departamentos de RH do futuro, algumas das funções no texto requerem bastante imaginação, mas outras só precisam de um pequeno pulo da nossa realidade atual.

Confira as listagens de trabalho do futuro e fique à frente escolhendo sua carreira pós-robôs:

Fonte: Data Detective Reuters / Ilya Naymushin

Detetive de Dados

Esses profissionais analisarão os dados de dispositivos conectados à internet, malha de rede, capacidades neurais etc., para fornecer as análises à empresas e organizações com focos baseados em dados. Essa profissão não é difícil de se imaginar. As empresas já gastam tempo e dinheiro mergulhando nos dados das pessoas para vender produtos específicos a eles. Os detetives de dados do futuro darão um passo a mais, filtrando dados do Amazon Alexa de alguém ou um dispositivo Nest para servi-los “melhor”.

Fonte: Flickr / Paul Kelly

Andador/Falador

Esse trabalho é para um futuro quando, graças à biotecnologia, as pessoas estiverem vivendo mais que nunca, e houver uma população muito maior de cidadãos idosos do que hoje. E todos esses idosos precisarão de alguém para conversar. Esse trabalho seria exatamente o que parece: andar com idosos que precisam de companhia e alguém para ouvi-los falar sobre seus netos, os velhos tempos, etc.

Créditos: Andy Scales

Analista de Cidades Inteligentes

Para manter cidades inteligentes, os dados precisam “fluir” de forma eficiente pelas cidades. Nas cidades do futuro, dados coletados por milhões de sensores manterão os serviços como energia e tratamento de esgoto em funcionamento. A cidade também coletaria dados biológicos, dados dos cidadãos e dos ativos. Se um sensor do rastreamento biológico na rede da cidade estragar, o analista da cidade precisa estar lá para consertá-lo.

Fonte: Microsoft HoloLens

Construtor de Jornada de Realidade Aumentada

Construtores de jornadas de realidade aumentada serão “pioneiros na economia da experiência.” Assim como Shakespeare fez décadas atrás, um construtor de jornadas irá criar a nova geração de experiências no entretenimento. Esse artista será responsável por escrever, arquitetar e construir experiências de realidade aumentada no momento para as “viagens” de um cliente na RA.

Créditos: REUTERS / Fabrizio Bensch

Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Inteligência Artificial

Este trabalho seria para alguém em uma hipotética empresa de serviços computacionais gerida por inteligência artificial. Na descrição do trabalho a Cognizant descreve, “ainda há uma coisa que as IAs não podem fazer, e não poderão pelo futuro previsivel – vender a si mesmas.” Essa pessoa será seu vendedor clássico, mas para serviços computacionais de IAs.

Fonte: Shutterstock

Conselheiro de Comprometimento Fitness

Infelizmente, já somos uma população obesa. O Fitbit e outros programas de análise de atividades ajudam, mas não chegam ao ponto de poder responsabilizar seus usuários da importância de manter a saúde. Futuros clientes fitness concordarão usar um rastreador de atividades enquanto um conselheiro de comprometimento fitness os manterá motivados e em busca de mais saúde.

Créditos: AP Photo / Rich Pedroncelli

Técnico de Saúde Assistido por IA

Este trabalho existirá em um mundo onde, graças à IA, a saúde “estará disponível em larga escala e a par da demanda de todos.” Pacientes não irão ao médico, técnicos de saúde assistidos por IAs aparecerão na porta e usar o software melhorado por IA para fazer diagnósticos. Fazer cirurgias com a ajuda de uma IA será até mesmo parte do trabalho, sem necessidade de um diploma de Medicina.

Créditos: Sarah Jacobs

Corretor Pessoal de Dados

No futuro, as pessoas ganharão dinheiro de todos os dados pessoais que gerarem. O Facebook não poderá mais vender os dados de alguém à Amazon, será dos indivíduos para vender e obter lucro. Um corretor pessoal de dados monitora e revende os dados pessoais do cliente nas novíssimas bolsas de dados para garantir que recebam o benefício merecido.

Créditos: AP / Eric Risberg

Controlador de Rodovias

Veículos autônomos e drones de entrega mudaram fundamentalmente a forma que nossos espaços aéreos e rodoviários são regulados. Um controlador de rodovias será necessário para direcionar e gerenciar as estradas e espaços aéreos para garantir que tudo está sendo gerido de forma eficiente e eficaz.

Créditos: Kevork Djansezian / Reuters

Costureiro(a) Digital

Este emprego será para a empresa hipotética que inventará um dispositivo chamado “Cubículo Sensorial.” O dispositivo poderia coletar os dados de um cliente para ajustes perfeitos para o corpo – garantindo uma taxa de devoluções menor. O(a) costureiro(a) digital será responsável por levar o cubículo aos clientes, reunir os dados de medidas e vender roupas perfeitamente ajustadas.

Créditos: Flickr / dullhunk

Oficial de Diversidade Genética

Ser um Empregador com Iguais Oportunidades vai ganhar um novo significado. Ao invés de garantir que têm um grupo de empregados com origens étnicas, sociológicas e de gênero variados, os empregadores terão que garantir que seus trabalhadores são uma boa mistura entre pessoas que não foram geneticamente melhoradas e aquelas que não foram.

Créditos: AP Photo / Itsuo Inouye

IT por Encomenda

Praticamente o Uber do TI. O foco do trabalho dessa pessoa seria combinar as operações omitidas do TI de uma empresa à estratégia do local de trabalho com o objetivo final de criar uma plataforma automatizada de self-service de TI. As responsabilidades do trabalho incluiriam liderar um grupo de direcionamento de TI omitido, promover hackatonas de inovação e educar os empregados sobre os benefícios do shadow-IT.

Créditos: Reuters / David Gray

Coach de Bem-estar Financeiro

Em um mundo onde o dólar físico já terá acabado e pagamentos por bitcoin e micro-empréstimos prevalecerem, há muito potencial para o “vazamento de dinheiro.” E as estruturas tarifárias desse novo sistema são muito complicadas para leigos entenderem. Coaches de bem-estar financeiro estarão lá para ajudar o fulano a manter o controle de todas as suas transações digitais e aproveitar ao máximo suas finanças.

Créditos: Drew Angerer / Getty Images

Curador Pessoal de Memórias

As pessoas estão vivendo mais do que nunca, mas avanços na memória e outras questões da saúde ligadas às atividades cerebrais não estão acompanhando. Um curador de memórias será responsável por trabalhar com pacientes para criar mundos virtuais que eles poderão habitar. Essas “experiências” serão populadas com simulações realistas de seus passados. Por exemplo, a sala de estar da casa que tiveram na infância. Curadores também serão responsáveis por gerenciar uma “declaração adiantada de memória” que detalhará as experiências que os pacientes vão querer depois que a memória começar a falhar.

Créditos: Noah Berger / REUTERS

Xerpa de Loja Virtual

No futuro, as vendas serão somente online, e quando um cliente quiser comprar, por exemplo, um sofá, entrarão em contato por vídeo com um xerpa (condutor) virtual. O xerpa conduzirá o cliente por armazéns gigantescos somente com sofás para ajudá-los a encontrar exatamente o que procuram.

Fonte: Ohlone College

Diretor de Portfólio Genômico

Graças à análise de DNA e à edição genética do CRISPR, humanos terão novas necessidades na saúde, e empresas de biotecnologia terão a capacidade de criar quantidades enormes de novas drogas para alcançar essa demanda. O diretor de portfólio será um executivo de alto nível com a tarefa de criar uma estratégia de venda dessas drogas às pessoas.

Créditos: YouTube / iPhone-Fan

Gente de Equipes Homem-Máquina

De acordo com a Cognizant, o futuro do trabalho dependerã do quão bem humanos e máquinas conseguirão colaborar. O gerente de equipes será responsável por descobrir quais são os pontos fortes da máquina e do trabalhador, combinando-os em uma equipe ultra-produtiva.

Créditos: Oli Scarff / Getty Images

Oficial-chefe de Trust

No futuro, investidores estarão mais conectados e cientes do que nunca, e organizações não terão escolha fora oferecer extrema transparência. no entanto, transações secretas de criptomoedas vão prevalecer, e as suspeitas estarão por todo lado. O Oficial de Confiança será responsável por aliviar as suspeitas e provar aos investidores que a empresa em que estão investindo está operando com toda integridade.

Créditos: Erik Lucero / UCSB

Analista de Aprendizado de Máquinas Quânticas

Este é um trabalho para um tipo totalmente diferente de analista. A pessoa com esse trabalho será responsável por combinar informações de processamento quântico com o aprendizado de inteligência artificial para obter soluções melhores e mais rápidas de problemas administrativos do mundo real. A meta final é construir sistemas de inteligência que podem aprender com os dados.

Fonte: Argonne National Laboratory / Flickr

Mestre de Computação de Ponta

Este trabalho é para uma empresa imaginária do Fortune 500 (nota do tradutor: 500 maiores empresas do mundo) que percebeu que sua infraestrutura de internet das coisas está aquém do potencial. O “Mestre” de Ponta seria responsável por reestruturar a infraestrutura atual da internet para um formato descentralizado que utilize computação de ponta. Isso será necessário para uma corporação futura que precise de mais espaço e capacidade de processamento para os grandes volumes de dados.

Fonte: Thomson Reuters

Oficial de Ética

Este é um trabalho para quando grandes empresas decidirem que querem tomar decisões baseando-se no que é ético, e não lucrativo. O oficial de ética “manterá o valor ético” da empresa certificando-se que gastos indiretos batem com os ganhos dos acionistas. Por exemplo, se os acionistas de uma empresa decidirem que querem priorizar um trabalho humanizado, o oficial de ética terá a função de passar por todas as fábricas e monitorar as condições de trabalho em cada nível.

Texto traduzido do jornal BusinessInsider.

Molécula sintética poderia resolver o problema de superbactérias

Resumo:

Na luta contra superbactérias, pesquisadores descobriram uma forma de prevenir que genes que carregam resistência a antibióticos se espalhem. A equipe já está trabalhando em desenvolver inibidores para serem usados em um cenário clínico.

Prevenção da transferência

A resistência a antibióticos em bactérias, que inclui tanto as comuns quanto as chamadas superbactérias, é um problema sério e mundialmente conhecido. Na verdade, a Organização das Nações Unidas elevaram a questão a nível crítico há quase um ano, e a Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que o problema está se agravando rapidamente.

Há inúmeras possíveis respostas à resistência a antibióticos, e pesquisadores da Universidade de Montreal (UdeM) no Canadá podem ter encontrado mais uma solução em potencial. Em um estudo publicado na revista Scientific Reports no início de Novembro, essa equipe de pesquisadores do departamento de Bioquímica e Medicina Molecular da UdeM exploraram um método que poderia bloquear a transferência de genes resistentes aos antibióticos.

Os pesquisadores focaram em impedir um mecanismo que permite que genes resistentes a antibióticos sejam codificados nos plasmídeos — fragmentos de DNA que podem carregar genes que codificam as proteínas que tornam a bactéria resistente. Concretamente, encontraram os pontos de ligação exatos para essas proteínas, que são essenciais na transferência de plasmídeos. Isso permitiu que eles desenvolvessem moléculas químicas mais potentes que reduzem a transferência de plasmídeos carregando genes resistentes aos antibióticos.

“A ideia é ser capaz de encontrar o ‘ponto fraco’ em uma proteína, torná-lo alvo e ‘cutucá-lo’ para que a proteína não possa funcionar,” diz Christian Baron, vice-reitor da área de pesquisa e desenvolvimento da faculdade de Medicina da UdeM, em um comunicado de imprensa. “Outros plasmídeos têm proteínas parecidas, alguns tem proteínas diferentes, mas acho que o valor do nosso estudo no TraE é que, sabendo a estrutura molecular dessas proteínas, podemos criar métodos para impedir seu funcionamento.”

Uma proteína mortal

Os efeitos de bactérias resistentes a antibióticos são bem auto-explicativos. Antibióticos continuam sendo uma peça vital da medicina moderna, e quando se tornarem ineficazes, o que nos restará serão superbactérias causadoras de doenças que são muito mais difíceis de tratar e controlar. Antibióticos também são usados como tratamento profilático durante cirurgias e terapias contra o câncer.

De acordo com um relatório de uma comissão especial criada no Reino Unido em 2014 e chamada Revisão da Resistência Antimicrobial, bactérias resistentes à remédios poderiam ceifar a vida de cerca de 10 milhões de pessoas até 2050. Não é muito difícil imaginar, já que bactérias resistentes aos antibióticos infectam 2 milhões de pessoas por ano somente nos EUA, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), e ao menos 23.000 desses casos são fatais. Adicionalmente, a OMS relata que há cerca de 480.000 casos de tuberculose com resistência a múltiplas drogas no mundo a cada ano.

Em resumo, a resistência a antibióticos é um problema que precisamos resolver o mais cedo possível, começando por agora. Felizmente, há diversos grupos trabalhando nessa questão, e com uma variedade de estratégias. Alguns estão usando a edição genética do CRISPR para desenvolver nanorrobôs sintéticos que focam especificamente em bactérias resistentes, e há esforços sendo feitos para criar “super-enzimas” que batalhem com as superbactérias. Enquanto isso outras pessoas, como os pesquisadores da UdeM, estão focados em compreender melhor o funcionamento das bactérias para desenvolver métodos que as deixem mais suscetíveis aos antibióticos.

O CDC já investiu mais de US$ 14 milhões (R$ 45 milhões) para financiar pesquisas sobre a resistência a antibióticos, e em breve devemos ver esses esforços se tornando frutíferos. Isso levará tempo, obviamente, mas poderia ajudar a acelerar o passo da criação de novos remédios. Como Baron disse, “as pessoas devem ter esperança. A ciência trará novas ideias e novas soluções para este problema. Há uma grande mobilização acontecendo no mundo agora a respeito dessa questão. Não diria que me sinto a salvo, mas é nítido que estamos tendo progresso.”

Traduzido do site Futurism.

Stephen Hawking: “Receio que a IA substitua os humanos”

O ponto sem volta

Stephen Hawking teme que seja questão de tempo até que a humanidade seja forçada a abandonar a Terra em busca de um novo lar. O famoso físico teórico já chegou a dizer que achava que a sobrevivência da humanidade depende da nossa habilidade de nos tornarmos uma espécie multi-planetária. Hawking reiterou — e na verdade, enfatizou — este ponto em uma entrevista recente com a WIRED, na qual ele argumenta que a humanidade chegou a “um ponto sem volta.”

Hawking disse que a necessidade de encontrar um segundo lar planetário para os humanos surge tanto graças às preocupações acerca da crescente população quanto pela ameaça iminente do desenvolvimento de inteligências artificiais (IA). Ele alertou que IAs em breve se tornarão super-inteligentes — potencialmente o suficiente para substituir a humanidade.

“O gênio saiu da lâmpada. Temo que IAs possam substituir humanos completamente,” disse Hawking à WIRED.

Certamente não é a primeira vez que Hawking faz um alerta tão grave. Em uma entrevista feita em março com o The New York Times, ele disse que um apocalipse das IAs é iminente, e a criação de “alguma forma de governo mundial” seria necessária para controlar a tecnologia. Hawking também alertou sobre o impacto que as IAs teriam nos trabalhos da classe média, e fez um apelo para que o desenvolvimento de agentes com IA para uso militar fosse banido por completo.

Uma nova forma de vida

Nos últimos anos, o desenvolvimento de IA se tornou um tópico amplamente dividido: alguns estudiosos deram argumentos parecidos aos de Hawking, incluindo o fundador e CEO da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, e o co-fundador da Microsoft, Bill Gates. Tanto Musk quanto Gates veem potencial para o desenvolvimento de AIs acabar sendo a causa do fim da humanidade. Por outro lado, um grande número de estudiosos postularam que tais avisos são indução a um medo desnecessário, o que pode ser baseado em cenários exagerados de tomada de poder de IAs superinteligentes, e temem que tais previsões podem distorcer a percepção pública do que realmente é uma inteligência artificial.

Do ponto de vista de Hawking, os medos são válidos. “Se as pessoas criam vírus de computador, alguém vai criar uma IA que melhora e se replica sozinha,” disse ele na entrevista com a WIRED. “Será uma nova forma de vida mais eficiente que humanos.”

Hawking, pelo visto, estava se referindo ao desenvolvimento de uma IA que é inteligente o suficiente para pensar como, ou até melhor, que os humanos — um evento que já foi batizado de singularidade tecnológica. Em termos de quando isso acontecerá (se acontecer), Hawking não ofereceu, exatamente, uma previsão. Poderíamos supor que chegará em algum ponto do prazo máximo de 100 anos de sobrevivência humana na Terra estimados por Hawking. Outros, como o CEO da Softbank Masayoshi Son e o engenheiro-chefe do Google Ray Kurzweil, fazem uma previsão ainda mais imediatista — dentro dos próximos 30 anos.

Ainda estamos a milhas de distância de criar IAs realmente inteligentes, e ainda não sabemos exatamente o que a singularidade traria. Seria o arauto da destruição da humanidade ou a catapultaria a uma nova era onde humanos e máquinas coexistem? De toda forma, o potencial da IA para coisas boas e ruins pede por precauções necessárias.

Texto traduzido do site Futurism.

O Quênia vai pagar uma mesada aos seus cidadãos

Resumo:

A caridade GiveDirectly deu início ao maior experimento de renda básica universal do mundo no Quênia. Cerca de 6.000 pessoas receberão um pagamento incondicional pelos próximos doze anos.

GiveDirectly, uma caridade que tem financiado transferências monetárias diretas a vilas pobres do leste africano desde 2008, anunciou recentemente que lançou oficialmente o maior experimento de renda básica universal (RBU) da história.

A começar em 13 de novembro, 40 vilas (cerca de 6.000 pessoas) receberão por volta de US$ 22,50 (R$ 75), sem restrições ou condições, por 12 anos. Ao mesmo tempo, outras 80 vilas receberão a mesma quantidade por somente dois anos, mais 80 receberão a soma total do período de dois anos, e 100 vilas não receberão nada.

O estudo vai produzir os dados mais compreensivos até hoje sobre o que acontece quando as pessoas recebem dinheiro em troca de nada. Ajudará a responder perguntas como: as pessoas param de trabalhar? Abrem negócios? Têm mais predisposição a gastar com drogas e álcool — ou talvez com educação?

O estudo também coletará dados de toda a comunidade para saber se a segurança financeira adicional reduz aspectos negativos da pobreza, como violência e roubos.

Créditos: SuSanA Secretariat / Flickr

“Os últimos 19 meses desde que anunciamos nossos planos de testar o RBU foram notáveis,” diz o CFO da GiveDirectly, Joe Huston, ao blog da organização. “O debate acerca da renda básica continua a ferver, dos céticos que a chamam de ‘ato sem sentido de auto-sabotagem preemptiva’ aos otimistas que a chamam de ‘o que direitos políticos e civis foram no séc. XX, só que no contexto do séc. XXI.'”

A renda básica é algo tão novo que pesquisadores ainda precisam coletar bons dados sobre o sistema no mundo desenvolvido. Outros experimentos surgiram para preencher essa lacuna.

Em Oakland, Califórnia, a encubadora de startups Y Combinator finalizou um estudo piloto no qual várias pessoas receberam de US$ 1000 a US$ 2000 (R$ 3265 a R$ 6530) por mês. A Y Combinator está se preparando para lançar um teste maior em dois estados em algum momento de 2018.

“Agora é hora de fazermos nosso trabalho, esperar e aprender,” escreve Huston. “Esperamos ter a primeira rodada de resultados em um ou dois anos, e depois será mais de uma década de aprendizado a ser seguido enquanto observamos essas comunidades.”

Texto traduzido do site Futurism.

Comentário do tradutor: a RBU não é muito discutida no Brasil apesar de ser um tópico recorrente entre grandes presidentes de empresas de tecnologia, políticos europeus e estudiosos em todos os cantos do mundo.

Para quem não está familiarizado com o assunto, a Renda Básica Universal é uma proposta de que, para sanar as maiores dificuldades e problemas da dificuldade em diferentes sociedades, haja um valor básico distribuído em igualdade para todas as pessoas de um país ou região.

A proposta é parecida com o que se foi feito no Brasil com o Bolsa Família, com o diferencial de que o valor é mais significativo e entregue a todos, independentemente da classe social.

Atualmente, nossas conversas no país têm sido mais ideológicas e nos afastamos um pouco do debate econômico e das possibilidades de solução para a desigualdade social gritante no país. Algumas faixas mais histéricas da sociedade estão confundindo o comunismo com o socialismo, os programas sociais com Cuba, etc. etc. Por isso talvez a RBU não tenha sido tópico de discussão aqui com tanta intensidade.

Trago, no entanto, o assunto à tona por ter vontade de entender quais seriam as opiniões de brasileiros. A inflação explodiria? O Estado seria capaz de bancar o investimento? A taxação sobre diferentes classes deveria mudar para possibilitar tal proposta?

Um pavimento gerador de energia já se tornou realidade em Londres

Resumo:

Hoje na rua Bird, em Londres, um novo shopping aberto foi inaugurado com uma das tecnologias sustentáveis mais inovativas até agora. Mais e mais tecnologia está emergindo com um foco em micro-geração de energia.

Rua “smart”

Uma rua em Londres está prestes a ficar bem mais smart graças a uma tecnologia inovadora da Pavegen. Uma quinta-feira marcou a abertura da reformada rua Bird, no coração da região de West End de Londres. Uma nota de imprensa da Pavegen promete que “visitantes poderão aproveitar uma experiência de compras e alimentação sem trânsito em um ambiente que exibe o que há de mais novo em tecnologias sustentáveis.”

O ponto mais importante da rua é uma sequência de 10 m² de um plaza gerador de energia. O plaza foi desenvolvido com uma tecnologia que permite que gere energia apenas com o caminhar das pessoas. A pressão dos passos dos pedestres faz com que geradores no piso se desloquem verticalmente. A indução eletromagnética cria energia cinética que é então usada para energizar dispositivos. No caso da rua Bird — como o nome sugere — o passeio carrega sons de cantos de pássaros no ambiente e a iluminação.

Além disso, o passeio também utiliza transmissores Bluetooth de baixo consumo para enviar incentivos ao uso do sistema da marca através de aplicativos. A rua vai ainda além com tecnologia sustentável ao incluir bancos da Airlabs chamados de ClearAir, que livram o ar na região de dióxido de nitrogênio. As superfícies também são cobertas com tinta Airlite, que purifica o ar de gases nocivos e bactérias. A rua poderia ser o começo de iniciativas similares em cidades ao redor do mundo.

Passeio gerador. Fonte da imagem: Pavegen

Micro-geradores

Tecnologias como a desse passeio são só um exemplo das inovações de geração de energia em pequena escala. Outras peças de tecnologia sendo desenvolvidas atualmente podem obter energia até mesmo a partir do calor do seu corpo. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia também desenvolveram um tecido que pode armazenar energia tanto da luz do Sol quanto do movimento, da mesma maneira que o caminhar das pessoas gera energia nos passeios da rua Bird.

Com a rápida proliferação da energia solar e eólica, a geração tradicional de energia já está em declínio. Tecnologias como os painéis solares de teto da Tesla — e as baterias que os acompanham, chamadas Powerpacks — estão permitindo a integração completa das necessidades energéticas das pessoas. Ao passo que essas e outras tecnologias continuarem surgindo, iremos ver rapidamente uma mudança significativa no mercado energético em direção às fontes renováveis.

Soluções inovadoras como essa ajudarão a mudarmos o jogo contra a mudança climática. Embora poder carregar seu celular com a energia armazenada na sua camisa não seja parte significativa da demanda da rede energética, é com esse tipo de pensamento que podemos inspirar mudanças maiores no consumo e geração de eletricidade.

Texto traduzido por Cláudio Ribeiro do site Futurism.

O Walmart está contratando… robôs

Resumo:

O Walmart está adicionando a mais de 50 lojas nos EUA robôs autônomos que escaneiam produtos. A ação tem o objetivo de facilitar as compras, dar mais tempo aos empregados e resolver o problema de falta de estoque.

O Walmart está adicionando robôs à sua força de trabalho, medida dentro do seu objetivo de se tornar a vitrine do mundo moderno.

A marca está testando os robôs em várias lojas dos estados de Arkansas, Pensilvânia e Califórnia, onde são usados para tarefas “repetitivas, previsíveis e manuais.” Os robôs de 0,61 m são ocupados com uma torre e várias câmeras, e vão para cima e para baixo dos corredores procurando por itens que não estão em estoque, identificando preços incorretos e tomando nota de rótulos errados ou que estão faltando. Os dados são então passados para os empregados, que estocam os itens e corrigem os erros.

Os testes iniciais dos robôs deram certo o suficiente para o Walmart expandir sua frota de robôs para outras 50 lojas pelo país. O Business Insider relata que essa expansão será finalizada em janeiro de 2018.

Robô escaneador. Créditos: Walmart

Em conversa com a Reuters, o chefe de tecnologia do Walmart, Jeremy King, disse que os robôs são 50% mais produtivos que empregados humanos, mais precisos ao escanear e três vezes mais ágeis. Apesar da eficiência, King informou que não substituiriam empregados humanos — um alívio para qualquer empregado que esperasse que mais empregos seriam cortados em nome da automação.

Em um post detalhando o anúncio, o diretor de comunicações, Justin Rushing, disse que os robôs “liberam mais tempo para nossos funcionários focarem no que dizem ser a parte mais importante e excitante de trabalhar no Walmart – servir clientes e vender mercadorias.”

Melhorando a experiência de comprar

O Walmart vê os escaneadores autônomos como uma solução para o problema de falta de estoque. Itens não disponíveis significam a perda potencial de uma venda quando alguém não consegue achar determinado produto. Ter humanos escaneando itens também se prova difícil, por ser uma tarefa entediante que a maioria não gostaria de fazer.

“Se você está indo e voltando do corredor e quer decidir se estamos sem salgadinhos ou não, um humano não faz esse trabalho muito bem, e muito menos gosta de fazê-lo,” disse King.

A incorporação de robôs também é parte de um esforço maior de facilitar as compras. Ela vem depois de uma recente parceria firmada com o Google para ir de frente com a Amazon e o lançamento de um novo serviço de entregas que permite que motoristas entregadores entrem na casa das pessoas. De acordo com a Reuters, a empresa também “digitalizou operações como farmácias e serviços financeiros nas lojas.”

Walmart não é a primeira empresa a usar robôs, no entanto. A Amazon tem usado robôs Kiva em seus depósitos desde 2014, e os depósitos do Alibaba têm visto cada vez mais produtividade desde que passaram a usar seus próprios robôs.

Espera-se que a inteligência artificial e os robôs ameacem alguns empregos dentro de 5 anos. No entanto, se as empresas acharem formas de ter humanos e robôs trabalhando juntos – como fez o Walmart – pode ser o suficiente para evitar um futuro sem empregos.

Traduzido por Cláudio Ribeiro do site Futurism.