Uma inteligência artificial criou um estranho esporte chamado “Speedgate”

A agência de produtos digitais AKQA alega ter ensinado uma inteligência artificial a inventar um esporte ao fornecê-la dados sobre 400 jogos existentes, como noticiado pela TechCrunch. O esporte resultante nunca jogado antes, chamado “Speedgate” (Portão da velocidade, em tradução livre), é uma mistura nada comum de futebol com rugby — sem deixar de lado um toque de Quadribol.

O Speedgate é ora familiar, ora bizarro. Dois times adversários de seis jogadores passam a bola, podendo chutar ou jogá-la através de um dos dois “portões” em cada ponta do campo — desde que já a tenham passado pelo portão do meio antes. Os times são compostos de três atacantes e três defensores. Apenas um defensor pode ficar em um portão por vez. Não é permitido empurrar.

Encare a bola

Outros jogos criados pelo algoritmo da AKQA eram ainda mais estranhos. Algumas das ideias fracassadas da IA incluem “descrições para esportes como ‘parkour debaixo d’água’, um jogo com um frisbee que explode e outro em que os jogadores passam a bola enquanto estão em uma corda bamba segurada por balões de gás hélio”, como informa a TechCrunch.

A AKQA chegou ao ponto de organizar uma demonstração ao vivo (assista ao vídeo) do Speedgate em um evento em Portland, na semana passada. A IA até desenvolveu uma série de logotipos usando uma rede geracional de outra empresa e também vários slogans motivacionais divertidos, como por exemplo: “Encare a bola, seja a bola, esteja acima da bola.”

Texto original escrito por Victor Tangermann no site Futurism.

Pesquisadores cingapurianos criaram a primeira bebida do mundo feita de TOFU

Se está procurando por algo diferente dos golinhos de fim de semana, que tal uma bebidinha feita de tofu?

Soa completamente bizarro, mas pesquisadores da Universidade Nacional de Cingapura (NUS) criaram a primeira bebida alcoólica feita a partir de soro de tofu.

De jeito nenhum? Ah, mas é isso mesmo – e foi tudo graças à popularidade do tofu na cultura asiática e as grandes quantidades de soro que são perdidos no processo de fabricação do tofu.

O Professor Associado Liu Shao Quan (direita) e o doutorando Chua Jian Yong (esquerda) tornaram com sucesso o soro de tofu em uma gostosa bebida alcoólica que chamaram de Sachi. Fonte: Universidade Nacional da Cingapura

Quando descartado como lixo sem tratamento, o soro contribui para a poluição do meio ambiente, já que a proteína e os açúcares solúveis presentes nele contribuem para a desoxigenação de vias hídricas.

Foi o suficiente para motivar o Professor Associado Liu Shao Quan e o estudante de doutorado Chua Jian Yong a fazerem algo a respeito disso.

E também parece bem nojento (veja abaixo).

Créditos: Aqilah Allaudeen / Business Insider

Os pesquisadores da NUS usaram uma abordagem de desperdício zero para converter o subproduto do tofu em uma bebida alcoólica Made in Singapore chamada “Sachi”, o que significaria “êxtase”.

Durante uma visita da mídia ao laboratório da NUS, o sr. Chua disse ao Business Insider que usou um nome inspirado no japonês por conta da popularidade da cultura japonesa entre cingapurianos. Também, pela bebida ter um perfil próximo do saquê, ele achou apropriado.

Chua diz: “Muito poucas pesquisas foram feitas para transformar o soro de tofu em comida palatável e bebidas.”

“Já trabalhei com a fermentação do álcool durante minha graduação na NUS, então decidi encarar o desafio de produzir uma bebida alcoólica usando o soro. A bebida acabou saindo gostosa, o que foi uma surpresa agradável,” finaliza o sr. Chua.

Quando lhes foram oferecidos uma amostra, os jornalistas presentes concordaram, com muitos descrevendo a bebida como “frutosa” e “parecida com vinho ou saquê.”

Todo o processo, da manufatura do tofu à transformação dele em Sachi, leva aproximadamente três semanas. Ele envolve refogar e triturar grãos de soja para fazer leite de soja, para depois coagular e formar o tofu.

Durante o processo de coagulação, o soro de tofu é formado.

Primeiro os grãos são refogados, e depois triturados (quando okara, um subproduto, é formado), por último acontece a coagulação (quando o soro de tofu é produzido). Créditos da foto: Business Insider / Aqilah Allaudeen

Depois de coletar o soro de tofu, ele passa por um processo de pré-tratamento (quando açúcar e ácido são adicionados e o líquido é pasteurizado) seguido da fermentação e armazenamento.

Ainda assim, há trabalho a ser feito.

Como a vida útil do Sachi é de somente 4 meses em refrigeração, os pesquisadores estão trabalhando para aumentar esse tempo para seis a nove meses em temperatura ambiente.

Também estão procurando parceiros na indústria para que forneçam soro de tofu e ajudem no processo, para que não tenham que levar a fabricação por conta própria.

Achar um fornecedor disposto tem sido um ponto chave, já que muitos dos fabricantes de tofu na Cingapura têm certificação halal (NT: Comportamentos e regras de consumo do islã) e não podem produzir bebidas alcoólicas em suas instalações.

Ainda assim, os pesquisadores continuam otimistas no desenvolvimento do Sachi e dos benefícios na saúde que ele provê.

O Professor Associado Liu disse: “É a única bebida alcoólica com isoflavones, que contribuem para benefícios na saúde como integridade óssea, saúde do coração e prevenção contra câncer.”

Então, caso isso chegue aos bares ou prateleiras dos supermercados, pode beber – faz bem para você.

Traduzido do site BusinessInsider.