Por que eu não posso ir para Dubai e simplesmente pegar os carros abandonados de lá?

Leia minha resposta no Quora.

Porque as multas acumuladas devem ser pagas mesmo que você não seja o responsável por elas, ficam atreladas ao carro, e após pagar as multas você ainda teria que entrar em contato com o governo sobre uma transferência de titularidade para poder usar, caso contrário, sendo pego dirigindo-o, você seria preso e obrigado a pagar as multas.

Eu não sei dessa informação, mas acho improvável que o governo vá permitir que você transfira os documentos do carro para o seu nome. Mas como isso é um problema que tem ocorrido lá, acho que é o que deveriam fazer. Talvez facilitar essa transferência.

Acho que uma ótima solução para esses carros seriam leilões, como é feito em outros países, inclusive no Brasil.

Resposta resumida: você não pode pegar um carro abandonado em Dubai e sair dirigindo pelo mesmo motivo que você não pode fazer isso em nenhum lugar, há leis e titularidades para carros.

Será o fim do Facebook? Logo ali depois do horizonte?

O Facebook caiu em 15,47% nas ações da BM&FBovespa e 14,97% na NASDAQ desde o início de março e se o FTD (Federal Trade Commission) dos EUA resolverem multar esta rede social por todas as infrações de privacidade (mais de 50 milhões) no valor estipulado de US$ 40.000 (R$ 133.200), o que pode muito bem ocorrer – a Cambridge Analytica teve acesso e repercutiu dados de usuários que nunca aceitaram seu compartilhamento da forma que sucedeu – isso significa uma cobrança de cerca de US$ 2 trilhões, ou em tupiniquim, R$ 6,6 trilhões.
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Ou seja, se o FTC decidir que sim, em um médio prazo não haverá mais o Facebook. Isso inevitavelmente vai gerar uma nova organização na internet, em que os usuários procurarão redes sociais diferentes para se aglomerar.
 
Se alguma empresa fizer da forma certa e conseguir chamar os maiores “influencers” das mídias sociais antes das outras, pode ser que tenhamos outra rede social global como o Facebook tem sido até hoje. Caso contrário, pode acontecer, como na época do Orkut no Brasil e MySpace nos EUA, cada país com sua rede social preferida.
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Isso me deixou pensativo o dia inteiro, sobre o que poderia vir para substituir uma rede social tão completa e se teríamos uma desglobalização da informação disseminada na internet. Hoje, posso usar o Facebook para ver notícias, imagens, músicas e vídeos de meus amigos americanos e de sites que acompanho de lá, bem como atualizações dos meus amigos europeus. Futuramente, pode ser que eu precise me registrar em outros serviços caso queira continuar a acompanhar estas pessoas.
 
Isso repercutiria em milhões de áreas de comentários de blogs e sites mundo afora, na conectividade a certos serviços (como o perfil do Facebook no Spotify), entre outras questões importantes. Afetaria as propagandas e a forma que vemos as notícias.
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Claro que isso tudo se a FTC realmente decidir por acabar com o Facebook. Acredito que, para uma empresa de tamanha importância e alcance, provavelmente um acordo há de ser feito. Por outro lado, pensar em um futuro com outra organização “mandando” na internet é um exercício interessante.
 
Lembram-se dos fóruns? Dos chats? Dos guestbooks? Do MSN? Será que voltariam? Será que redes como o Twitter tentariam abraçar mais funções para aproveitar os usuários que já têm? Já pararam para pensar que também se iriam, a menos que vendidos, o Instagram e o WhatsApp? O SnapChat com certeza gostaria da notícia, recebendo de volta seus clientes fãs de fotos temporárias e se salvando de uma crise financeira que tem só se agravado com recentes escorregões de relações públicas.
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Como eram os “guestbooks” de outrora.

 
Esses últimos dias são um momento importante para refletir sobre o tamanho do Facebook na internet, no mundo e na sua vida. Até onde ele já te influenciou, tudo que já aprendeu por ele, e onde você estaria no mundo online se ainda usássemos o Orkut ou se redes sociais nem fossem utilizadas.