Você gosta de preencher formulários? Completar listas de afazeres? Sente prazer em ver uma ficha de respostas de uma prova cada vez mais completa? Essas são todas características de um padrão de comportamento que ganhou seu nome em inglês, a partir de jogadores que não conseguiam se sentir satisfeitos com um jogo enquanto não tivessem conseguido todos os prêmios, itens secretos e finais alternativos. Essas são as características de um complecionista.
Segundo o UrbanDictionary, a definição de completionist é “Alguém que, depois de jogar um jogo, precisa coletar todos de um determinado item, ou completar 100% de algo no jogo.” Com o tempo, o termo passou a ser utilizado também para aquelas pessoas que sentem a necessidade de terminar tudo de forma completa, como uma tarefa no trabalho, os objetivos de um dia ou as metas da vida.
Essa vontade de finalizar as coisas por completo começou a ser utilizada em muitos sites, especialmente em procedimentos de cadastro. Quem não se lembra daquela barrinha de progresso até ter todas as informações possíveis configuradas em um perfil do LinkedIn ou no Facebook? E, como me considero um “complecionista”, sempre senti um prazer enorme em completar esses registros, com todas as informações que me permitiram inserir.
Essa sensação boa de completar tudo tem sido explorada também por exercícios educacionais e procedimentos de investigação. Estimulando as pessoas a buscar o prazer obtido ao completar algo, não restam falhas em um programa de computador, por exemplo, ou em uma perícia de um crime. Programas acadêmicos usam o “Conquista alcançada” de um jogo para incentivar estudantes a coletar o máximo possível delas.
Embora seja algo positivo para a produtividade e ofereça uma sensação muito gostosa para aqueles que têm esse traço de personalidade mais latente, o comportamento também pode ser um extremo causador de ansiedade. A pessoa complecionista se sente frequentemente incapaz, fracassada ou ansiosa quando não consegue preencher todos os campos disponíveis em determinada tarefa. E como o comportamento tem sido incentivado em diversas áreas, muitas vezes a pessoa prefere desistir antes de se decepcionar com a falta de finalização.
Você se sente assim? Conte sobre suas experiências.