Como lidar com pessoas que vivem arrumando desculpas

Em sua jornada pessoal de fortalecimento da resiliência mental, você começará a reconhecer pessoas que não tem muito dela. Pode ser uma descoberta frustrante, como se você pudesse ver a grama mais verde no topo de uma montanha enquanto o resto das pessoas continua lá embaixo. Você se sentirá incompreendido(a) em suas reações às desculpas das pessoas por conta dessas desculpas significarem a verdade na cabeça delas. Na sua, as várias desculpas que elas apresentam podem ser um sinal de fraqueza mental. Você começará a perceber que as crenças fundamentais das pessoas contêm desculpas convenientes que são vistas com importância. Ficará evidente que as desculpas são criadas e contadas tanto para nós quanto para os outros a todo momento do dia.

O hábito de eliminar as desculpas é difícil de aperfeiçoar, e só começa a tomar forma através de incansável esforço. Desculpas são rotuladas de tal forma quando refletimos sobre elas nos esforçando para anular suas validades. O controle das suas respostas às desculpas dos outros é a primeira coisa que você precisa analisar antes de seguir adiante na tarefa de lidar com essas desculpas. Entenda que elas vêm de uma posição de ingenuidade, não de preguiça.

Não se surpreenda

A primeira coisa que você deve fazer é esperar que venham desculpas de todos, ao contrário de achar que as pessoas operam com o mesmo ponto de vista que você. No trabalho, na escola, em casa, na loja e no metrô, espere ouvir motivos convenientes pelos quais as pessoas não podem fazer as coisas que você pede. Elas usam desculpas para se salvarem do esforço sempre que possível. A natureza da desculpa é chamativa, já que o desejo de não fazer algo pode ser legitimado por um raciocínio válido e lógico. As desculpas são o veículo de curto prazo da felicidade — trazem com elas a satisfação imediata em troca de uma recompensa que poderia ser melhor lá na frente. Entenda que as desculpas que podem ser superadas ao invés de cultivadas podem machucar as pessoas que se prendem a elas. De forma empática, veja desculpas como um hábito autodestrutivo, e não como uma estratégia para evitar o trabalho duro e o esforço.

Ao antecipar as desculpas das pessoas, lembre-se da ingenuidade que alguns têm de não acharem que se ligam a desculpas quando nunca se forçaram a superá-las. Na cabeça deles, a desculpa é um ato final, e não uma barreira a ser vencida. Eles veem a desculpa como o fim de qualquer proposta, e encontram motivos lógicos para essa percepção. Entenda que essas pessoas precisam de ajuda, e não represália por encherem seus raciocínios de desculpas. Com isso em mente, você não se surpreenderá, o que garante uma mente tranquila para os próximos passos.

Mostre provas e revele os motivos

As desculpas podem ser desmascaradas. Você deve tentar desmascarar desculpas que machucam as pessoas que utilizam delas, ou os outros ao redor delas. A decisão de desmascarar uma desculpa é mais fácil de se executar quando você age de forma prestativa, e não quando você tenta exibir sua experiência ou conhecimento. Saiba quais desculpas valem a pena derrubar com evidências factuais, e quais desculpas indolores podem ser deixadas em paz. Quando você encontrar provas contra quaisquer desculpas que vêm de outras pessoas, apresente-as de forma que não denigram ou machuquem a pessoa. Lembre-se, você precisa ter em mente a ingenuidade delas.

Provas podem incluir mostrar para alguém que malhar todos os dias é possível mesmo com uma agenda cheia, por exemplo, ou que a sucessão de prazos no trabalho é razoável (após separarem-se as tarefas e estimar-se o tempo necessário para elas). Você precisará se tornar bom(a) em desmascarar mitos para evitar as desculpas. Foque em controlar seus sentimentos na sua missão de desmascará-las ao invés de passar por tudo de forma rígida e antipática. Da melhor forma que puder, tente mostrar as evidências para que a pessoa as siga em direção a uma compreensão que você quer que ela alcance, não perca tempo forçando fatos na cabeça dela sem permitir que ela faça suas próprias descobertas.

Depois que ambos tiverem um entendimento do que é possível — assim eliminando qualquer verdade nas desculpas apresentadas — comece a explorar os motivos pelos quais essas desculpas foram criadas para começo de conversa. Ao servir de instrumento para dissolver a ingenuidade da pessoa em relação ao fato em questão, ela estará mais predisposta a um desejo de melhorar sua resiliência mental dali em diante. Encontre motivos pelos quais ela criou as desculpas que criou. Pergunte por que ela achou que não dá para malhar todo dia, ou por que os prazos são apertados demais. Compreenda o papel cumprido pela não compreensão do potencial atingível na decisão prematura da pessoa de acreditar em uma desculpa inválida.

A chave para eliminar desculpas futuras parece ser a eliminação de hábitos que levam à formação dessas desculpas. Esforce-se para educar as pessoas que se paralisam com desculpas sobre as possibilidades acerca de algo que elas se esquivaram de fazer. Então, dê outro passo à frente e trabalhe com elas para eliminar os hábitos que as levaram a acreditar nessas falsidades. Embora a refutação de uma desculpa possa limitar sua repetição em específico no futuro, desconsiderar os hábitos que levaram a ela incentiva outras desculpas a serem formadas em outras áreas da vida. Obter sucesso na refutação de uma desculpa dá ao indivíduo a oportunidade de compreender as forças motrizes por trás de sua aderência àquela desculpa. Já que você provou, de forma empática, que ele estava errado com a desculpa inicial, você abre sua mente para novos aprendizados. Certifique-se de limitar a repetição desses comportamentos ao invés de somente desmascarar as desculpas caso a caso. Depois que o raciocínio por trás das desculpas é compreendido, você pode ter certeza de que diminuirão as futuras instâncias de desculpas ilegítimas.

Este texto foi traduzido do site Kletische.

O Walmart está contratando… robôs

Resumo:

O Walmart está adicionando a mais de 50 lojas nos EUA robôs autônomos que escaneiam produtos. A ação tem o objetivo de facilitar as compras, dar mais tempo aos empregados e resolver o problema de falta de estoque.

O Walmart está adicionando robôs à sua força de trabalho, medida dentro do seu objetivo de se tornar a vitrine do mundo moderno.

A marca está testando os robôs em várias lojas dos estados de Arkansas, Pensilvânia e Califórnia, onde são usados para tarefas “repetitivas, previsíveis e manuais.” Os robôs de 0,61 m são ocupados com uma torre e várias câmeras, e vão para cima e para baixo dos corredores procurando por itens que não estão em estoque, identificando preços incorretos e tomando nota de rótulos errados ou que estão faltando. Os dados são então passados para os empregados, que estocam os itens e corrigem os erros.

Os testes iniciais dos robôs deram certo o suficiente para o Walmart expandir sua frota de robôs para outras 50 lojas pelo país. O Business Insider relata que essa expansão será finalizada em janeiro de 2018.

Robô escaneador. Créditos: Walmart

Em conversa com a Reuters, o chefe de tecnologia do Walmart, Jeremy King, disse que os robôs são 50% mais produtivos que empregados humanos, mais precisos ao escanear e três vezes mais ágeis. Apesar da eficiência, King informou que não substituiriam empregados humanos — um alívio para qualquer empregado que esperasse que mais empregos seriam cortados em nome da automação.

Em um post detalhando o anúncio, o diretor de comunicações, Justin Rushing, disse que os robôs “liberam mais tempo para nossos funcionários focarem no que dizem ser a parte mais importante e excitante de trabalhar no Walmart – servir clientes e vender mercadorias.”

Melhorando a experiência de comprar

O Walmart vê os escaneadores autônomos como uma solução para o problema de falta de estoque. Itens não disponíveis significam a perda potencial de uma venda quando alguém não consegue achar determinado produto. Ter humanos escaneando itens também se prova difícil, por ser uma tarefa entediante que a maioria não gostaria de fazer.

“Se você está indo e voltando do corredor e quer decidir se estamos sem salgadinhos ou não, um humano não faz esse trabalho muito bem, e muito menos gosta de fazê-lo,” disse King.

A incorporação de robôs também é parte de um esforço maior de facilitar as compras. Ela vem depois de uma recente parceria firmada com o Google para ir de frente com a Amazon e o lançamento de um novo serviço de entregas que permite que motoristas entregadores entrem na casa das pessoas. De acordo com a Reuters, a empresa também “digitalizou operações como farmácias e serviços financeiros nas lojas.”

Walmart não é a primeira empresa a usar robôs, no entanto. A Amazon tem usado robôs Kiva em seus depósitos desde 2014, e os depósitos do Alibaba têm visto cada vez mais produtividade desde que passaram a usar seus próprios robôs.

Espera-se que a inteligência artificial e os robôs ameacem alguns empregos dentro de 5 anos. No entanto, se as empresas acharem formas de ter humanos e robôs trabalhando juntos – como fez o Walmart – pode ser o suficiente para evitar um futuro sem empregos.

Traduzido por Cláudio Ribeiro do site Futurism.