É verdade que só a barata sobreviveria a uma guerra mundial nuclear? Quais espécies sobreviveriam?

Leia minha resposta original no Quora.

Baratas:

Já estão por aí há 250 milhões de anos, superando vários episódios de grandes extinções na Terra. Elas se reproduzem muito rápido; mesmo quando você pisa em uma barata, ela expele milhares de ovos para que seus filhos tenham uma chance de continuar no seu apartamento. Podem ficar sem água por muito tempo e sobrevivem bastante mesmo sem a cabeça, pois o cérebro é distribuído pelo corpo. Além de tudo isso, as asas ainda oferecem uma proteção adicional contra a radiação.

Peixe Mummichog:

Sobrevive em águas limpas ou poluídas, frias ou quentes, salgadas ou doces. Conseguiu se adaptar à vida sem gravidade, na Estação Espacial Internacional. É uma das espécies mais adaptáveis de peixes do mundo. Provavelmente conseguiria se virar em algum canto da Terra.

Humanidade:

Com bunkers e alta capacidade de adaptação e inovação, é provável que alguns de nós sobreviveria. Resta saber se por muito tempo, visto que um inverno nuclear provavelmente acabaria com muito da nossa capacidade de manter a agricultura e a pecuária. Há certa esperança, no entanto.

Lingula:

Um animal que sobrevive há mais de 400 milhões de anos, com proteção externa que pode ajudar com a radiação e bons instintos de sobrevivência. Se a radiação não for alta o suficiente para destruir seus habitats e alimentos, eles vão continuar perdurando.

Tardígrado:

Conhecido e querido pela internet, esse animal pode ressecar e ficar em estado suspendo por incontáveis períodos. É resistente à radiação, ao calor, ao frio, ao vácuo e à pressão. Muitos ainda devem morrer, como já foi provado que eles não são tão resistentes assim às variações rápidas, mas ainda assim, a espécie deve perdurar.


É muito provável que milhões de espécies de microorganismos e plantas também sobrevivam a um apocalipse nuclear. Muitos dos seres vivos na Terra desenvolveram várias alternativas diferentes para se adaptar aos piores cenários. Da lista acima, creio que a humanidade seja a menos bem preparada para sobreviver.

Fonte da lista.

Chernobil destinada a se tornar unidade de produção de energia solar

Resumo:

A firma ucraniana Rodina Energy Group e o grupo de energia limpa alemão Enerparc AG estão conduzindo o desenvolvimento de uma nova unidade de produção de energia solar que será construída nas áreas abandonadas de Chernobil. A construção da estrutura que produzirá 1 megawatt começará em dezembro.

Uma Chernobil melhor

Em 1986, um reator nuclear com defeito liberou energia radioativa o suficiente para evacuar centenas de pessoas da cidade de Chernobil. O local do reator nuclear e a área em volta estão abandonados desde então, mas há planos de torná-los em uma unidade de produção de energia solar. No futuro, Chernobil pode ser conhecida por fornecer energia solar ao invés de radiação.

Como relatado pela Bloomberg, a firma ucraniana de engenharia Rodina Energy Group Ltd. e a empresa de energia limpa alemã Enerparc AG anunciaram um projeto conjunto que construirá uma geradora de 1 megawatt na cidade abandonada. Espera-se que a construção da “fazenda” solar custe US$ 1,2 milhão (R$ 3,9 milhões), a iniciar-se agora em dezembro.

“Pouco a pouco, queremos otimizar a zona de Cherbobil,” Evgeny Variagin, chefe-executivo da Rodina, disse à Bloomberg. “Não deveria ser um buraco negro no meio da Ucrânia. Nosso projeto fica a 100 metros do reator.”

Chernobil hoje. Fonte: Newsday

Da radiação à energia solar

O projeto da “fazenda” solar de Chernobil é o mais recente passo dos planos de ambas as empresas — assim como do governo ucraniano — de usar o local abandonado para a produção energética sustentável, o que inclui planos de desenvolver mais 99 megawatts de capacidade solar de produção. As empresas firmaram um contrato em 2016 que irá requerer que o governo ucraniano pague 15 centavos de euro (R$ 0,58) por kilowatt-hora de eletricidade gerada a partir da região até 2030, um preço que a Bloomberg estima ser quase 40% mais alto que o preço padrão de energia solar na Europa.

Na mudança em andamento para a energia limpa, a decisão da Ucrânia de utilizar os 2600 km² que Chernobil tem a ofercer é inteligente, embora não menos ambiciosa que os esforços de outros países como a China, País de Gales e o Reino Unido. Vai dar muito mais trabalho para deixar de usar combustíveis fósseis completamente, mas se os desenvolvimentos como o acima são indicativo de algo, é só questão de tempo até que a maior parte da nossa energia seja renovável.

Traduzido do site Futurism.