Como lidar com pessoas que vivem arrumando desculpas

Em sua jornada pessoal de fortalecimento da resiliência mental, você começará a reconhecer pessoas que não tem muito dela. Pode ser uma descoberta frustrante, como se você pudesse ver a grama mais verde no topo de uma montanha enquanto o resto das pessoas continua lá embaixo. Você se sentirá incompreendido(a) em suas reações às desculpas das pessoas por conta dessas desculpas significarem a verdade na cabeça delas. Na sua, as várias desculpas que elas apresentam podem ser um sinal de fraqueza mental. Você começará a perceber que as crenças fundamentais das pessoas contêm desculpas convenientes que são vistas com importância. Ficará evidente que as desculpas são criadas e contadas tanto para nós quanto para os outros a todo momento do dia.

O hábito de eliminar as desculpas é difícil de aperfeiçoar, e só começa a tomar forma através de incansável esforço. Desculpas são rotuladas de tal forma quando refletimos sobre elas nos esforçando para anular suas validades. O controle das suas respostas às desculpas dos outros é a primeira coisa que você precisa analisar antes de seguir adiante na tarefa de lidar com essas desculpas. Entenda que elas vêm de uma posição de ingenuidade, não de preguiça.

Não se surpreenda

A primeira coisa que você deve fazer é esperar que venham desculpas de todos, ao contrário de achar que as pessoas operam com o mesmo ponto de vista que você. No trabalho, na escola, em casa, na loja e no metrô, espere ouvir motivos convenientes pelos quais as pessoas não podem fazer as coisas que você pede. Elas usam desculpas para se salvarem do esforço sempre que possível. A natureza da desculpa é chamativa, já que o desejo de não fazer algo pode ser legitimado por um raciocínio válido e lógico. As desculpas são o veículo de curto prazo da felicidade — trazem com elas a satisfação imediata em troca de uma recompensa que poderia ser melhor lá na frente. Entenda que as desculpas que podem ser superadas ao invés de cultivadas podem machucar as pessoas que se prendem a elas. De forma empática, veja desculpas como um hábito autodestrutivo, e não como uma estratégia para evitar o trabalho duro e o esforço.

Ao antecipar as desculpas das pessoas, lembre-se da ingenuidade que alguns têm de não acharem que se ligam a desculpas quando nunca se forçaram a superá-las. Na cabeça deles, a desculpa é um ato final, e não uma barreira a ser vencida. Eles veem a desculpa como o fim de qualquer proposta, e encontram motivos lógicos para essa percepção. Entenda que essas pessoas precisam de ajuda, e não represália por encherem seus raciocínios de desculpas. Com isso em mente, você não se surpreenderá, o que garante uma mente tranquila para os próximos passos.

Mostre provas e revele os motivos

As desculpas podem ser desmascaradas. Você deve tentar desmascarar desculpas que machucam as pessoas que utilizam delas, ou os outros ao redor delas. A decisão de desmascarar uma desculpa é mais fácil de se executar quando você age de forma prestativa, e não quando você tenta exibir sua experiência ou conhecimento. Saiba quais desculpas valem a pena derrubar com evidências factuais, e quais desculpas indolores podem ser deixadas em paz. Quando você encontrar provas contra quaisquer desculpas que vêm de outras pessoas, apresente-as de forma que não denigram ou machuquem a pessoa. Lembre-se, você precisa ter em mente a ingenuidade delas.

Provas podem incluir mostrar para alguém que malhar todos os dias é possível mesmo com uma agenda cheia, por exemplo, ou que a sucessão de prazos no trabalho é razoável (após separarem-se as tarefas e estimar-se o tempo necessário para elas). Você precisará se tornar bom(a) em desmascarar mitos para evitar as desculpas. Foque em controlar seus sentimentos na sua missão de desmascará-las ao invés de passar por tudo de forma rígida e antipática. Da melhor forma que puder, tente mostrar as evidências para que a pessoa as siga em direção a uma compreensão que você quer que ela alcance, não perca tempo forçando fatos na cabeça dela sem permitir que ela faça suas próprias descobertas.

Depois que ambos tiverem um entendimento do que é possível — assim eliminando qualquer verdade nas desculpas apresentadas — comece a explorar os motivos pelos quais essas desculpas foram criadas para começo de conversa. Ao servir de instrumento para dissolver a ingenuidade da pessoa em relação ao fato em questão, ela estará mais predisposta a um desejo de melhorar sua resiliência mental dali em diante. Encontre motivos pelos quais ela criou as desculpas que criou. Pergunte por que ela achou que não dá para malhar todo dia, ou por que os prazos são apertados demais. Compreenda o papel cumprido pela não compreensão do potencial atingível na decisão prematura da pessoa de acreditar em uma desculpa inválida.

A chave para eliminar desculpas futuras parece ser a eliminação de hábitos que levam à formação dessas desculpas. Esforce-se para educar as pessoas que se paralisam com desculpas sobre as possibilidades acerca de algo que elas se esquivaram de fazer. Então, dê outro passo à frente e trabalhe com elas para eliminar os hábitos que as levaram a acreditar nessas falsidades. Embora a refutação de uma desculpa possa limitar sua repetição em específico no futuro, desconsiderar os hábitos que levaram a ela incentiva outras desculpas a serem formadas em outras áreas da vida. Obter sucesso na refutação de uma desculpa dá ao indivíduo a oportunidade de compreender as forças motrizes por trás de sua aderência àquela desculpa. Já que você provou, de forma empática, que ele estava errado com a desculpa inicial, você abre sua mente para novos aprendizados. Certifique-se de limitar a repetição desses comportamentos ao invés de somente desmascarar as desculpas caso a caso. Depois que o raciocínio por trás das desculpas é compreendido, você pode ter certeza de que diminuirão as futuras instâncias de desculpas ilegítimas.

Este texto foi traduzido do site Kletische.

Como reagir a questões urgentes no trabalho

Você pode estar passando seus dias em um ambiente de trabalho estressante atualmente. Cumprir prazos e lidar com expectativas pode ter um preço na saúde de qualquer um, não importa o quão mentalmente preparado(a) você estiver para sua posição. Questões urgentes no trabalho são estressantes porque elas contribuem para o medo de perder nosso sustento, o que é relacionado a tudo que vem com isso (família, abrigo, alimentação). Uma questão posta no lugar errado na hora errada pode levar embora seu trabalho. A culpa pode recair sobre você sem que você mereça, e você pode se encontrar em uma tempestade de problemas.

Saber como gerenciar a si mesmo(a) e aos outros quanto às questões urgentes que surgem no trabalho é algo crítico. Você precisa ter o máximo de controle possível sobre a situação, e deve garantir que seus efeitos não sejam profundos na sua vida. Esteja em sintonia com a forma que as questões são manejadas no trabalho, e tenha cuidado com o potencial que elas podem ter. Esforce-se para colocar o caos em ordem enquanto se lembra das informações a seguir.

Caminhando até uma solução

Certifique-se de só fazer ou dizer coisas que levem a uma solução quando tiver a função de resolver questões no trabalho. Não há espaço ou tempo para comentários e outras informações irrelevantes. Atribua tarefas e explique por que as pessoas devem fazer o que você diz, conectando todos os aspectos em uma solução em potencial. Você deve ser frio(a) em sua abordagem, e não reacionário(a) em relação às emoções dos outros. As pessoas vão estar assustadas, impulsivas e emotivas. Espere isso delas e saiba que você está no meio de uma tempestade. Seu trabalho é ser o líder que mantém o barco à tona, e se você mostrar qualquer sinal de fraqueza, as questões a ser tratadas vão atingir seus piores potenciais.

O jogo da culpa

Em uma tentativa desesperada para salvar o que pode ser seu último sustento, as pessoas irão se desviar da responsabilidade das questões que surgem em um ritmo surpreendente. Irão se esforçar muito para garantir que nenhuma culpa recaia sobre elas caso as coisas comecem a se encaminhar para o pior cenário possível. Essas pessoas já aceitaram a derrota quanto às questões tratadas, e estão criando planos de contingência para quando tudo der errado.

Não participe do jogo da culpa com questões do trabalho. Lembre-se que estas pessoas sucumbiram mentalmente às questões que se apresentaram. Se a culpa recair sobre você, analise se é realmente merecida. Pense sobre as questões tratadas objetivamente, e sem medo. Se você chegar à conclusão de que a culpa é sua, isso deverá te trazer paz para trabalhar em uma solução.

Ser responsável pelas questões deve te dar um sentimento de desespero que não dá espaço para decisões baseadas na emoção. Trabalhe para solucionar toda questão como se seu sustento dependesse disso, porque muito possivelmente pode ser o caso. Você não tem tempo para distribuir culpas ou imaginar os piores cenários quando está trabalhando para uma solução.

Se a culpa for posta em você sem que você mereça e a maioria concordar, então você ficará preso nesta questão até que encontre uma solução para ela. Você só poderá declarar sua inocência quando resolver a questão cuja culpa recaiu sobre você. Se você começar a se dizer inocente na frente de um júri que acredita que você é o autor do crime, irá parecer que você está tentando se desviar da responsabilidade. Se você acabar sendo o considerado responsável pelas questões no trabalho, então conserte-as como se você realmente tivesse sido o causador.

Depois que fizer isso, explique exatamente por que você é inocente. O fato de que você encontrou uma solução irá tornar seu caso em algo mais fácil de acreditar, e as pessoas não vão saltar para a conclusão de que você está tentando passar adiante a culpa sobre a questão que foi mitigada. Você estará mais apto a ensinar àqueles que te acusaram falsamente uma lição importante, se você limpar a bagunça deles e esfregar seus narizes na verdade.

Este texto, de título original How to React to Urgent Issues at Work, foitraduzido do site Kletische.

Coreia do Sul construirá cidade para eliminar os carros

Quando os cidadãos do Distrito Administrativo Internacional (IBD) em Songdo, Coreia do Sul vão trabalhar, pegar os filhos na escola ou fazer compras no supermercado, dirigir é opcional.

Isso porque o distrito de ₩ 38 bilhões (R$ 114 bilhões) — atualmente um projeto em construção do tamanho do centro de Boston — foi imaginado para eliminar a necessidade de carros.

Um projeto que começou em 2002, a área prioriza o trânsito em massa, como ônibus, metrôs e bicicletas, ao invés de tráfego de automóveis, de acordo com Stan Gale, presidente da Gale International, que fomentou o projeto do IBD.

Quando completado, em 2020, o distrito terá a área de 9,3 km².

Dê uma conferida no plano do IBD abaixo.

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Na cidade de Songdo, Coreia do Sul, a Gale International está construindo o Distrito Administrativo Internacional (IBD) em uma região reapropriada ao longo do Mar Amarelo. Fonte: Consenti Associates

 

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Desde o primeiro estágio de planejamento, os desenvolvedores tentaram fazer com que o distrito fosse sustentável. Uma das estratégias foi projetar a área para reduzir a necessidade de carros. Fonte: Gale International

 

O IBD possui um plano urbano de uso misto, o que significa que lojas, escritórios, parques, clínicas médicas e escolas ficam todos próximos das casas. A maior parte das construções não-residenciais ficam a uma caminhada de distância de todo o resto.

Apartamentos e prédios administrativos foram construídos a 12 minutos de paradas de ônibus ou pontos de metrô.

25 km de ciclofaixas passam pelo distrito, conectando-se a uma rede maior de 145 km da cidade de Songdo.

Medalhista de ouro Ai Ueda (direita) do Japão e Ma Claire Adorna, das Filipinas, pedalam durante o triatlo feminino no Parque Central de Songdo durante o 17º Jogos Asiáticos em Incheon. 25 de setembro, 2014. Fonte: Reuters

 

Cerca de 40% da região é reservada para espaços verdes (por volta do dobro de Nova York), o que também encoraja os cidadãos a caminhar, segundo Gale. Fonte: Gale International

O maior parque do IBD, com 41 hectares, foi inspirado no Central Park de Manhattan.

“O que você vê hoje em Songdo, uma cidade que é compacta e fácil de caminhar, é o resultado dessa abordagem bem-pensada de planejamento,” diz Gale.

O IBD é parte de um projeto maior, chamado de Zona Econômica Livre de Incheon na cidade de Songdo, liderado pelo governo sul-coreano.

Uma área de construção no distrito da Cidade Internacional de Songdo, parte da Zona Econômica Livre de Incheon, a oeste de Seoul. 11 de dezembro, 2008. Fonte: Reuters

Quando o governo começou a planejar a cidade de Songdo em 2000, 500 toneladas de areia foram despejadas nos pântanos locais para fixar a fundação.

Atualmente, 20.000 unidades residenciais estão completas ou em construção no IBD, onde cerca de 50.000 pessoas vivem. Aproximadamente 100.000 habitantes moram na grande Songdo.

Outra vantagem de viver no distrito: não há caminhões de lixo. Ao invés disso, um sistema pneumático de tubos suga o lixo de calhas nos prédios residenciais e os leva a uma instalação central de separação de lixo em segundos. Lá, ou o lixo vira energia ou é reciclado. Fonte: Gale International

 

O IBD tem mais de 100 prédios com certificação LEED — o sistema mais usado no mundo para classificar a sustentabilidade.

O desenvolvimento vem com meta de certificação LEED na escala de bairros inteiros, e planejam reciclar 40% da água utilizada.

A cidade de Songdo produz um terço a menos de gases causadores do efeito estufa em comparação com outras cidades do mesmo tamanho.

No entanto, alguns habitantes têm reclamado que o IBD e a grande Songdo são muito afastados de Seoul — o centro econômico, político e cultural do país. Leva mais de uma hora para chegar à capital.

Um homem observa a rua no centro de Seoul, Coreia do Sul. 18 de abril, 2013. Fonte: Associated Press

 

Cerca de 70.000 pessoas trabalham em Songdo, o que é muito menos do que os 300.000 que o governo da cidade esperava. Fonte: Consenti Associates

 

Por esse motivo, pode ser muito cedo para dizer se Songdo se tornará um centro urbano próspero.

“De várias formas, é a cidade que os coreanos querem mostrar ao mundo, como é um lugar limpo, futurista e sem nenhuma pobreza visível,” diz Colin Marshall, um dissertador baseado em Seoul que escreve sobre cidades, ao The Los Angeles Times.

O IBD tem atualmente a medida de 5,6 km². Em 2020, já será quase o dobro.

Os responsáveis pelo projeto esperam que a cidade se torne um modelo para outras cidades ao redor do mundo.

Traduzido do site Business Insider.

Robôs tirarão empregos, mas criarão novos; confira quais!

Os robôs estão atrás de nossos empregos. Já ouvimos isso antes, e em níveis variados, é verdade. O grupo de consultoria administrativa Cognizant prevê em seu livro “What to do when machines do everything” (O que fazer quando as máquinas fizerem tudo, tradução livre) que nos próximos 10 a 15 anos, 12% dos empregos nos EUA serão substituídos pela automação.

No entanto, nem tudo está perdido. O grupo também prevê que haverão 21 milhões de novos empregos criados como resultado direto de novas tecnologias. Para mitigar um pouco do medo e ajudar no preparo para o futuro, a organização pensou em 21 empregos que acreditam que irão surgir nos próximos anos.

Fonte: Getty Images

 

“Queríamos tentar fazer o alerta de que há algo grande e profundo acontecendo,” disse Ben Pring, vice-presidente e diretor do Centro para o Futuro do Trabalho da Cognizant. “Se você estiver prestando atenção, há tempo o suficiente para lidar com isso agora,” adicionou ele.

Escritas para descrições de trabalho hipotéticas de departamentos de RH do futuro, algumas das funções no texto requerem bastante imaginação, mas outras só precisam de um pequeno pulo da nossa realidade atual.

Confira as listagens de trabalho do futuro e fique à frente escolhendo sua carreira pós-robôs:

Fonte: Data Detective Reuters / Ilya Naymushin

Detetive de Dados

Esses profissionais analisarão os dados de dispositivos conectados à internet, malha de rede, capacidades neurais etc., para fornecer as análises à empresas e organizações com focos baseados em dados. Essa profissão não é difícil de se imaginar. As empresas já gastam tempo e dinheiro mergulhando nos dados das pessoas para vender produtos específicos a eles. Os detetives de dados do futuro darão um passo a mais, filtrando dados do Amazon Alexa de alguém ou um dispositivo Nest para servi-los “melhor”.

Fonte: Flickr / Paul Kelly

Andador/Falador

Esse trabalho é para um futuro quando, graças à biotecnologia, as pessoas estiverem vivendo mais que nunca, e houver uma população muito maior de cidadãos idosos do que hoje. E todos esses idosos precisarão de alguém para conversar. Esse trabalho seria exatamente o que parece: andar com idosos que precisam de companhia e alguém para ouvi-los falar sobre seus netos, os velhos tempos, etc.

Créditos: Andy Scales

Analista de Cidades Inteligentes

Para manter cidades inteligentes, os dados precisam “fluir” de forma eficiente pelas cidades. Nas cidades do futuro, dados coletados por milhões de sensores manterão os serviços como energia e tratamento de esgoto em funcionamento. A cidade também coletaria dados biológicos, dados dos cidadãos e dos ativos. Se um sensor do rastreamento biológico na rede da cidade estragar, o analista da cidade precisa estar lá para consertá-lo.

Fonte: Microsoft HoloLens

Construtor de Jornada de Realidade Aumentada

Construtores de jornadas de realidade aumentada serão “pioneiros na economia da experiência.” Assim como Shakespeare fez décadas atrás, um construtor de jornadas irá criar a nova geração de experiências no entretenimento. Esse artista será responsável por escrever, arquitetar e construir experiências de realidade aumentada no momento para as “viagens” de um cliente na RA.

Créditos: REUTERS / Fabrizio Bensch

Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Inteligência Artificial

Este trabalho seria para alguém em uma hipotética empresa de serviços computacionais gerida por inteligência artificial. Na descrição do trabalho a Cognizant descreve, “ainda há uma coisa que as IAs não podem fazer, e não poderão pelo futuro previsivel – vender a si mesmas.” Essa pessoa será seu vendedor clássico, mas para serviços computacionais de IAs.

Fonte: Shutterstock

Conselheiro de Comprometimento Fitness

Infelizmente, já somos uma população obesa. O Fitbit e outros programas de análise de atividades ajudam, mas não chegam ao ponto de poder responsabilizar seus usuários da importância de manter a saúde. Futuros clientes fitness concordarão usar um rastreador de atividades enquanto um conselheiro de comprometimento fitness os manterá motivados e em busca de mais saúde.

Créditos: AP Photo / Rich Pedroncelli

Técnico de Saúde Assistido por IA

Este trabalho existirá em um mundo onde, graças à IA, a saúde “estará disponível em larga escala e a par da demanda de todos.” Pacientes não irão ao médico, técnicos de saúde assistidos por IAs aparecerão na porta e usar o software melhorado por IA para fazer diagnósticos. Fazer cirurgias com a ajuda de uma IA será até mesmo parte do trabalho, sem necessidade de um diploma de Medicina.

Créditos: Sarah Jacobs

Corretor Pessoal de Dados

No futuro, as pessoas ganharão dinheiro de todos os dados pessoais que gerarem. O Facebook não poderá mais vender os dados de alguém à Amazon, será dos indivíduos para vender e obter lucro. Um corretor pessoal de dados monitora e revende os dados pessoais do cliente nas novíssimas bolsas de dados para garantir que recebam o benefício merecido.

Créditos: AP / Eric Risberg

Controlador de Rodovias

Veículos autônomos e drones de entrega mudaram fundamentalmente a forma que nossos espaços aéreos e rodoviários são regulados. Um controlador de rodovias será necessário para direcionar e gerenciar as estradas e espaços aéreos para garantir que tudo está sendo gerido de forma eficiente e eficaz.

Créditos: Kevork Djansezian / Reuters

Costureiro(a) Digital

Este emprego será para a empresa hipotética que inventará um dispositivo chamado “Cubículo Sensorial.” O dispositivo poderia coletar os dados de um cliente para ajustes perfeitos para o corpo – garantindo uma taxa de devoluções menor. O(a) costureiro(a) digital será responsável por levar o cubículo aos clientes, reunir os dados de medidas e vender roupas perfeitamente ajustadas.

Créditos: Flickr / dullhunk

Oficial de Diversidade Genética

Ser um Empregador com Iguais Oportunidades vai ganhar um novo significado. Ao invés de garantir que têm um grupo de empregados com origens étnicas, sociológicas e de gênero variados, os empregadores terão que garantir que seus trabalhadores são uma boa mistura entre pessoas que não foram geneticamente melhoradas e aquelas que não foram.

Créditos: AP Photo / Itsuo Inouye

IT por Encomenda

Praticamente o Uber do TI. O foco do trabalho dessa pessoa seria combinar as operações omitidas do TI de uma empresa à estratégia do local de trabalho com o objetivo final de criar uma plataforma automatizada de self-service de TI. As responsabilidades do trabalho incluiriam liderar um grupo de direcionamento de TI omitido, promover hackatonas de inovação e educar os empregados sobre os benefícios do shadow-IT.

Créditos: Reuters / David Gray

Coach de Bem-estar Financeiro

Em um mundo onde o dólar físico já terá acabado e pagamentos por bitcoin e micro-empréstimos prevalecerem, há muito potencial para o “vazamento de dinheiro.” E as estruturas tarifárias desse novo sistema são muito complicadas para leigos entenderem. Coaches de bem-estar financeiro estarão lá para ajudar o fulano a manter o controle de todas as suas transações digitais e aproveitar ao máximo suas finanças.

Créditos: Drew Angerer / Getty Images

Curador Pessoal de Memórias

As pessoas estão vivendo mais do que nunca, mas avanços na memória e outras questões da saúde ligadas às atividades cerebrais não estão acompanhando. Um curador de memórias será responsável por trabalhar com pacientes para criar mundos virtuais que eles poderão habitar. Essas “experiências” serão populadas com simulações realistas de seus passados. Por exemplo, a sala de estar da casa que tiveram na infância. Curadores também serão responsáveis por gerenciar uma “declaração adiantada de memória” que detalhará as experiências que os pacientes vão querer depois que a memória começar a falhar.

Créditos: Noah Berger / REUTERS

Xerpa de Loja Virtual

No futuro, as vendas serão somente online, e quando um cliente quiser comprar, por exemplo, um sofá, entrarão em contato por vídeo com um xerpa (condutor) virtual. O xerpa conduzirá o cliente por armazéns gigantescos somente com sofás para ajudá-los a encontrar exatamente o que procuram.

Fonte: Ohlone College

Diretor de Portfólio Genômico

Graças à análise de DNA e à edição genética do CRISPR, humanos terão novas necessidades na saúde, e empresas de biotecnologia terão a capacidade de criar quantidades enormes de novas drogas para alcançar essa demanda. O diretor de portfólio será um executivo de alto nível com a tarefa de criar uma estratégia de venda dessas drogas às pessoas.

Créditos: YouTube / iPhone-Fan

Gente de Equipes Homem-Máquina

De acordo com a Cognizant, o futuro do trabalho dependerã do quão bem humanos e máquinas conseguirão colaborar. O gerente de equipes será responsável por descobrir quais são os pontos fortes da máquina e do trabalhador, combinando-os em uma equipe ultra-produtiva.

Créditos: Oli Scarff / Getty Images

Oficial-chefe de Trust

No futuro, investidores estarão mais conectados e cientes do que nunca, e organizações não terão escolha fora oferecer extrema transparência. no entanto, transações secretas de criptomoedas vão prevalecer, e as suspeitas estarão por todo lado. O Oficial de Confiança será responsável por aliviar as suspeitas e provar aos investidores que a empresa em que estão investindo está operando com toda integridade.

Créditos: Erik Lucero / UCSB

Analista de Aprendizado de Máquinas Quânticas

Este é um trabalho para um tipo totalmente diferente de analista. A pessoa com esse trabalho será responsável por combinar informações de processamento quântico com o aprendizado de inteligência artificial para obter soluções melhores e mais rápidas de problemas administrativos do mundo real. A meta final é construir sistemas de inteligência que podem aprender com os dados.

Fonte: Argonne National Laboratory / Flickr

Mestre de Computação de Ponta

Este trabalho é para uma empresa imaginária do Fortune 500 (nota do tradutor: 500 maiores empresas do mundo) que percebeu que sua infraestrutura de internet das coisas está aquém do potencial. O “Mestre” de Ponta seria responsável por reestruturar a infraestrutura atual da internet para um formato descentralizado que utilize computação de ponta. Isso será necessário para uma corporação futura que precise de mais espaço e capacidade de processamento para os grandes volumes de dados.

Fonte: Thomson Reuters

Oficial de Ética

Este é um trabalho para quando grandes empresas decidirem que querem tomar decisões baseando-se no que é ético, e não lucrativo. O oficial de ética “manterá o valor ético” da empresa certificando-se que gastos indiretos batem com os ganhos dos acionistas. Por exemplo, se os acionistas de uma empresa decidirem que querem priorizar um trabalho humanizado, o oficial de ética terá a função de passar por todas as fábricas e monitorar as condições de trabalho em cada nível.

Texto traduzido do jornal BusinessInsider.

Desistindo da faculdade

Larguei o curso de Engenharia Metalúrgica. Pensei em escrever alguns textões no Facebook depois de um desabafo sobre a ansiedade debilitadora que me sacudiu e acabou me levando a tomar essa decisão, daí pensei em escrever outros tantos textões sobre as várias coisas que passaram pela minha cabeça e pelas opiniões que ouvi nos últimos dias. Achei mais adequado escrever aqui, sozinho, porque afinal de contas textão no Facebook sobre a faculdade é algo mais reservado a formaturas.

Acho importante, como processo, uma lista de questões.

Você pode se arrepender depois.

Sim, eu posso. Já estou arrependido de muitas coisas. Uma delas é de ter passado esses dois anos e meio fazendo um curso que não tinha certeza no início e deveria ter entendido que não era para mim muito antes. Teria economizado muito dinheiro e esperança dos meus pais. Aliás, o arrependimento mora aí, em não só usar de suas ajudas e recursos por tanto tempo sem retorno como também em ter mais arrependimento de estar desistindo por conta da falta de apoio financeiro do que por estar desistindo da Engenharia em si. Que tipo de pessoa eu sou?

Não tome decisões precipitadas.

Parece, mesmo, à superfície. Em uma semana eu estava “bem”, na outra já estava conversando com meus pais, abandonando as aulas e informando os amigos próximos. Bipolaridade? Nem de longe. No início do ano, quem quisesse ouvir teria percebido que as coisas já não estavam mil maravilhas. Esforços em vão, falta de interesse, auto-sabotagem, insegurança e um ambiente absolutamente inóspito. Fiquei entusiasmado com a vida e com o esforço só quando estava afastado da real obrigação de desempenhar. Talvez também com os exercícios regulares na academia. O entusiasmo se esgotou em pouco tempo e deu espaço aos velhos amigos depressão, estresse, frustração, desgaste. Vontade de beber o tempo todo para anestesiar. Foi ótimo. Foi horrível. Finalmente a decisão precipitada foi tomada!

É pelo lugar ou pelo curso?

É pelos dois. Não suporto mais a falta de sorrisos nas pessoas ao cumprimentar as outras por aqui. Não suporto mais o jogo de popularidade entre as repúblicas. Não suporto mais essa vontade exagerada dos caras de se provarem homens. Não tenho mais paciência – talvez nem idade – para essas bebedeiras sem verdadeiro propósito, a superficialidade das relações e dos eventos, para as brincadeiras de mau gosto. Não vejo com bons olhos a segregação da cidade e entre os alunos. Mas também não estou fascinado pela Metalurgia e nunca tive certeza se me daria bem nesse ambiente de trabalho. Agora nem preciso mais ter.

E vai fazer o quê agora?

A resposta é óbvia. Trabalhar. A solução já não é tão óbvia assim. Estou morrendo de medo, mas pelo menos agora estou com medo das coisas certas. Não do que meus pais vão achar das minhas notas ou meu progresso do curso, não tenho medo de ser maltratado ou expulso de algum lugar por ser gay ou ter comportamentos afins, nem de quanto tempo falta para formar, nem se meus professores me levam a sério ou não, nem medo de ter que pedir mais dinheiro pros meus pais porque acabou. Tenho um medo: não achar um emprego, ou ganhar muito pouco. Meus esforços e buscas e concentração agora devem ser nisso. Sanado este problema, pretendo e espero por uma relativa plenitude. É o que busco há anos e sinto que estou à beira dela.

Não vai sentir saudades?

A primeira vontade de chorar veio hoje, ao ter uma lembrança de uma situação boba com uma amiga que nem tenho há tanto tempo. Quando outras saudades maiores de pessoas mais próximas começarem a bater, acompanhadas de memórias deliciosas distribuidas em centenas de dias incríveis, sei que vou sofrer um bom bocado. Talvez nunca sinta falta de tanta gente tão intensamente como quando não estiver mais aqui. E sim, continua valendo a pena desistir.


Achei que ia render mais conversas comigo mesmo, mas até que não. Já me acalmou novamente fazer pouca reflexão. A triste constatação da vez é saber que daqui para frente só o meu dinheiro é meu, e que não dá para ligar para mamãe dizendo que a mesada terminou e que preciso de mais umas centenas. Se acabar, acabou. Se precisar, não tem. Nada de presentes ou viagens. 24, logo mais 25 anos de idade onde dependerei de mim. Difícil, assustador, porém absolutamente necessário.